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A Próxima Geração de Consoles e Outras Conversas

EscritosGames e Tech

Nos últimos dias, as comunidades de games foram abaladas com notícias e boatos sobre vários assuntos, desde a não participação da Sony na E3, passando pelas compras dos estúdios pela Microsoft, até o lançamento da próxima geração de consoles. Vendo tanta gente dar muitas metralhadas de hipóteses e chutes para todos os lados, resolvi esperar um pouco e dar uma compilada geral na enxurrada de informações e colocar um monte de pingos nos is.

Sony e E3

Não participar da E3 não é o fim do mundo, vários não participam mais da E3, no sentido mais ortodoxo da palavra. A própria Microsoft só participou da E3 com o Mixer no ano passado, pois a sua conferência e “feira” foram fora do ambiente E3, situando na sua casa é como almoçar na varanda em um almoço de família, você estava em casa, mas não estava no almoço. A EA também vem fazendo isso.

Conferência da Sony na E3 2018

Agora que a Sony resolveu não participar, virou um reboliço, mas existe um agravante: Ela não estará do lado de fora do evento, não fará nada na cidade, pelo que informou até agora. Apenas fará uma apresentação em vídeo, provavelmente algo como o Nintendo Direct, uma apresentação gravada, que trará as novidades da dona do lado Azul dos games.

Isso pode ter pode ser encarado de vários ângulos, como uma jogada de marketing (se no fim do ano anunciar o PS5 no PSX – PlayStation Experience), como falta de conteúdo (já que nas duas últimas E3, o anúncios de jogos AAA não mudaram tanto) ou mesmo falta de dinheiro para investir (o que não deve ser o caso).

Jogada de Marketing

Eu ando descartando essa hipótese, ainda mais depois que a própria empresa comentou que PS5 só em 2021! O que começa a deixar claro que só teremos um anúncio oficial do console em 2020, na E3 ou quem sabe na PSX. Este pode ser o truque de marketing, trazer os fãs para um evento exclusivo da marca, sem dividir holofotes com lançamentos da concorrência. Mas essa decisão deveria ter sido apoiada com uma PSX em 2018 e ela foi cancelada.

Falta de Conteúdo

É certo que a Sony terá uma carreta de lançamentos nos próximos anos, mas como nas outras plataformas, o que importa são os títulos de renome, aqueles que movem ou podem criar legiões de fãs. E nas últimas 3 E3 o que temos visto foi um requentar de trailers, com o lançamento de dois ou três grandes jogos por ano, vocês podem conferir nas coberturas da E3 da Sony de 2016, 2017 e 2018. Por esse motivo aconteceu o cancelamento da PSx de 2018.

Dinheiro

A Divisão de games da Sony é uma das que mais dá lucro para a empresa. porém não quer dizer que seja um mar de dinheiro infinito. Mas creio que não participar da E3 por falta de investimento é um tiro no pé que qualquer estudante de propaganda e publicidade aprende: Onde existe crise é o local de investir em marketing. Algo do tipo, fale mais de mim onde o assunto tende a ser outro. Levando para propaganda política, é fazer campanha onde se tem menos votos. Além do que, a E3 é o centro de relacionamento com a mídia internacional, local e época de lançamento de projetos e novidades. Por isso, mesmo sem estar presente, existe a necessidade de aparecer, mesmo que em vídeo.

Microsoft de Carteira Aberta

Quando comecei a acompanhar o mercado de games e a disputa entre Microsoft e Sony, falei para um amigo que gosta muito do lado azul: A microsoft não entra em um jogo que ela não possa ganhar. A empresa de Redmont, tem sempre o objetivo de ser a número um onde ela entra, quando ela percebe que não tem chance ou não é lucrativo, ela abandona sem nenhum escrúpulo, visando apenas a saúde financeira da empresa.

Como o lançamento do Xbox, em 2013, foi atrapalhado e com declarações desastrosas dos líderes da divisão na época, a Microsoft começou e ficou atrás no mercado durante esta geração, a qual Phil Spencer declarou ser a última dos consoles da Microsoft (mais detalhes adiante). O que foi feito foi correr atrás de melhorar o console de todas as maneiras possíveis, atualizações quase que trimestrais, ouvir a opinião do público e modificar serviços para a satisfação do cliente e investir pesado na divisão.

Comprar vários estúdios, que chegaram ao atual número de treze (o Zagalo aprova!), e não deve parar por aí, demonstra que a empresa de Bill Gates ainda tem muito chão pela frente no mundo dos games.

O principal motivo da compra é a briga por número de exclusivos lançados por ano de cada marca. O que deve ser o foco para os próximos anos.

A Próxima Geração de Consoles

Se você veio até essa parte do texto, achando que eu ia colocar especificações de cada console que deve ser lançado daqui a dois ou três anos e que iria mostra que empresa A ou B irá conquistar o título da Dona do Monstro (nossa, já vi que falou que “monstro” era termo ridículo, dar o mesmo nome para um próximo console), desculpe em te dizer que você perdeu a viagem, e explico o porquê.

Não existe motivo para se dar especificação técnica de nada que está em um momento inicial de desenvolvimento. Faltando mais de um ano para o lançamento, fechar o tipo de processador a ser usado poderia criar dois problemas: O de ser um processador problemático ou de sair um melhor 6 meses depois e o concorrente usar o melhor. Seria como dizer que vou participar da corrida com um Fusca e deixar você escolher seu carro depois. Claro que se possível você correria com uma Ferrari.

Outro motivo que não creio em próxima geração de consoles, como todo mundo vem alardeando, é que estamos indo em outra direção. A direção do serviço em nuvem, onde o que importa é sua conexão com a internet, e não o seu hardware. Pergunto, se a ideia é que você possa jogar em seu celular, jogo do calibre de um Red Dead Redemption 2, por que motivo faremos um investimento em consoles poderosos em tão curto prazo? E explico fazendo mais questionamentos. Não teremos um passo na direção de foto realismo e realidade aumentada/virtual sem um equipamento melhor, mas qual das duas vertentes é mais lucrativa, vender milhões de consoles poderosos ou atender um público de bilhões de usuários de mobiles.

Não acredito que a indústria de games vá abrir mão de atender os gamers hardcores que gostam de alta qualidade nos seus jogos, mas acredito que lucrar venha antes de atender no dicionário das empresas. Mas cada uma seguirá um caminho próprio.

Microsoft

Creio (e é especulativo), que o projeto de ponta seja lançar o serviço de nuvem, atingir bilhões de usuários e poder vender este serviço para todos os consumidores, o que dará a opção de quem tem um Xbox One de 2013, jogar um Gears 5 em 4K com HDr, através de um serviço, ao invés de investir em um console novo. porém não deixando de preparar um Xbox One XX, X2, 2X ou qualquer que seja o nome, para jogadores que gostam de ter seus jogos em casa sem precisar se preocupar em quantas pessoas estão vendo um filme em streaming.

Resumindo: Deve lançar um console totalmente compatível com o Xbox One, porém melhor que o X e deve concentrar em serviços e lançar o serviço em nuvem.

Sony

Como sempre falo para meus amigos, a Sony ainda vem do conceito de quem fabrica eletrônicos, cada linha nova, torna a anterior uma sucata eletrônica, quase como o seu celular, que muitos insistem em trocar a cada ano. Por isso, a empresa nipônica insiste que retrocompatibilidade não é interessante e que não investe em serviços, como o EA Access, que já foi oferecido para o PS4.

Resumindo: Deve lançar o PS5, com mais poder de fogo do que o PS4 Pro. Sem investir em serviço ou em retrocompatibilidade, creio que deixará a liderança do mercado em poucos anos.

Nintendo

Tenho pouco a falar da Nintendo, ela corre por fora e no caminho dela, apoiado por um enorme número de fãs. Não quer ser a primeira nem a segunda do mercado. Deve lançar um Switch melhorado e mais acessórios para o mesmo.

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Sgt Rock 1967

Eduardo "Sgt Rock 1967" Rocha é o idealizador do Nós Nerds! Técnico em informática e gamer inveterado e veterano.

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