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Entrevista João Martins Diretor da Razer Brasil – BGS 2018

Entrevista João Martins Diretor da Razer Brasil – BGS 2018

Na BGS deste ano, estivemos com vários fabricantes de acessórios para gamers, sempre com entrevistas trazendo informações e novidades para os leitores do Nós Nerds. Na Razer, falamos com João Martins, diretor da Razer Brasil. Abaixo, a transcrição da nossa entrevista.

Eduardo “Sgt Rock 1967”: Desde quando a Razer está no mercado brasileiro?
João Martins: Desde 2003, oficialmente.

ER: Nesse período, vocês têm tido um bom retorno no país?
JM: Na verdade, até 2010 foi muito difícil. A Razer nunca foi uma marca barata, pois sempre prezou pela qualidade dos produtos. Foi muito difícil começar. Foram 5 anos capengando até conseguir alguma coisa, até a marca começar a ser reconhecida.

Carlos Palmeira: A principal barreira era o preço?
JM: Na verdade, teve uma época que o mouse era só Microsoft ou Logitech, que são marcas conhecidas. Depois de um certo tempo a Razer começou a crescer, a estar mais junto dos e-sports e dos times e fazer produtos de extrema qualidade. Por isso, ela acabou se tornando o que é hoje em dia, tanto para game quanto para lifestyle. Você vê a identificação do público com a marca, não só para jogar, mas para usar roupa, tem gente que faz tatuagem. Então, a gente está bem junto do público gamer.

ER: Está nos planos da Razer lançar produtos mais acessíveis para os jogadores? Para atingir um espectro maior? Para jogadores que estão começando e não têm um poder aquisitivo tão grande?
JM: A gente tem e já lançou produtos exclusivos para o Brasil. Assim como temos produtos exclusivos para a China. Alguns mercados são parecidos com o Brasil, mas nenhum é igual. Seja pelas altas taxas de impostos que nós temos aqui, seja pela dificuldade de trabalho. O Brasil é um país muito complicado de trabalhar. E a gente vê isso pela ausência da Nintendo, que é uma marca fantástica, que todo mundo, mas que infelizmente não está presente. É muito difícil trabalhar aqui, mas é como você falou. A gente precisa de produtos de entrada para conseguir atingir um público que olha uma marca e pensa ‘puta, esse cara é muito caro e não vou nem na loja ver’. Aconteceu isso muito com a Razer e a gente trouxe kit mouse+teclado e estamos trazendo novidades para 2019 de produtos de entrada. E mesmo sendo produtos de entrada a gente tem um kit chamado de  Holiday, que vem mouse, teclado, fone de ouvido e mouse pad. Só que vem com o Deathadder que é o mouse mais solicitado pelos gamers do mundo todo. Se eu não me engano aqui na loja ele custa R$ 599 e você compra tudo. A gente tem combo de mouse e mouse pad, mouse e teclado na faixa de R$ 250. Então, a gente tem produtos de entrada exclusivos para o Brasil e como diferencial as pessoas já conseguem identificar a qualidade da marca.

Foto de Átila Graef

CP: Mercado de games tem crescido e novas marcas estão surgindo. Atualmente, qual o diferencial da Razer?
JM: A gente procura fazer uma imersão, do gamer para dentro do jogo, que nenhuma outra marca proporciona. Seja com os periféricos, seja com a tecnologia Chroma. A gente tem um lugar chamado Chroma Experience que mostra a nossa tecnologia. Além de lâmpadas e luminárias da Phillips, que tem essa integração com os nosso periféricos.

CP: Como é possível balancear no Brasil a questão de preço justo e qualidade alta?
JM: Todos os produtos que a gente faz, a gente tem parceria com os melhores gamers do mundo, youtubers, streamers e antes do lançamentos eles ficam testando, seja produtos de entrada seja produtos de elite. Então, tudo que chega nas prateleiras, chega com a qualidade Razer. Mesmo os mouse pads tem a borda costurada, tem mouse pad com iluminação, então a gente procura trazer o máximo de qualidade em todos os produtos. A qualidade Razer é única e se não tiver qualidade, não vem para a prateleira. Você falou do mercado de e-sports que está crescendo muito. Na China cresceu muito o e-sports mobile. E a gente traz para essa feira o Razer Phone 2, que está inovando. Na verdade a gente já tinha o Razer Phone 1, com uma tela de 120 heartz. Esse continua com a mesma tela, porém com mais brilho e Snap Dragon 845, que é o processador mais potente hoje. Tecnologia Chroma presente no celular. Ter esse produto para um cara que joga e-sports mobile faz a diferença. Todo mundo que testou ficou doido com a fluidez do jogo, seja PUBG Mobile, Free Fire, Fortnite, Clash Royale e vários jogos que estão explodindo no mobile. O aparelho se tornou obrigatório para os jogadores porque não existe outro com uma tela de 120 heartz.

CP: O lançamento visa acompanhar essa mudança do cenário de jogadores jogando também no celular?
JM: Sim. No PC nenhum jogador de e-sports joga em um monitor que não seja de 144 heartz. Se jogar, ele sabe que o adversário vai ter uma vantagem sobre ele. E isso vai acontecer com telefone também. É nítida a diferença que o Razer Phone 2 põe nos jogos.

CP: Como vocês enxergam o Brasil no cenário dos e-sports? O país tem condição de ocupar o primeiro lugar no cenário mundial?
JM: Tem, e nesse ano ficou claro com o MIBR, times de League of Legends, até com a antiga PAIN. Vários times estão lutando para chegar no topo e a gente tem qualidade para brigar no ranking mundial. Até com Pro Evolution Soccer, em vários jogos temos excelentes jogadores. E não vai ser diferente no mobile.

CP: Em relação ao mercado você acha que pode ocupar posição de destaque?
JM: Em mercado de compra e venda certamente não. Porque aqui é um país que tem barreira que o americano não tem e que o alemão também não. Em nenhuma área de tecnologia, qualquer área, certamente a gente nunca vai alcançar.

CP: Essa posição só seria alcançada com uma revolução tarifária?
JM: Eu não sei pra vocês, mas para mim essa BGS está assustadora pelo tamanho. Fui a E3, Gamescom, CES Las Vegas e é difícil você ver uma feira assim, que oferece o que a BGS está oferecendo para o público gamer. Mas esse mercado gamer está engatinhando aí. O e-sports tem muito a crescer e muito a mudar.

CP: E como está a avaliação prévia de vocês em relação a BGS?
JM: Muito positiva. O público Razer e BGS é muito legal. Logicamente é uma feira muito cheia, tem muita fila nos estandes. Mas só do pessoal vir aqui, ver os lançamentos e jogos novos é muito positivo.

ER: Quais são as novidades da parte de console que a Razer lançou ou lançará em breve?
JM: A Razer Europa junto com a Sony Europa lançou no começo deste ano o Raizer Raiju, para PlayStation 4. Só que na época do lançamento era um controle que só funcionava com UBS. Há quinze dias, tivemos aprovação da Sony e foi liberado no mercado americano e brasileiro o Raiju Tournament e Raiju Ultimate. São controles para PS4 com fio e sem fio e também serve para PC, já que o Dual Shock também é reconhecido pela Steam. São controles altamente customizáveis, têm quatro botões remapeáveis. Em uma das funções de repamapeamento, você consegue mexer na sensibilidade do analógico. A versão mais topo que a Raiju Ultimate tem a tecnologia Chroma, então você consegue usar vários tipos de visual com a iluminação. Ou seja, a gente vem para o mercado de consoles forte também.

ER: Ano passado, vocês lançaram o Wolverine para Xbox com fio. Vocês lançam com fio para ter a latência menor visando o mercado competitivo?
JM: Sim. A Major League Games e várias ligas de consoles muitos jogadores preferem jogar com fio pela latência. Mas a latência que a gente tem no Raiju é a mesma do Dual Shock. É o que o pessoal está acostumado. Todos os jogadores profissionais testaram.

Matheus Nahra: Sobre a nova tecnologia que vocês estão lançando.
JM: O Raizer Phone 2 vai estar no mercado europeu e americano no dia 22.

MN: Virá para o Brasil também?
JM: A gente está em conversas com operadoras e nosso objetivo e trazê-lo em janeiro para o Brasil. Mas não é a mesma coisa que um mouse, então tem uma equipe gigante por trás tentando fazer isso aí.

MN: A perfomance do Razer Phone 2 é superior aos concorrentes?
JM: Então, tem estande onde o pessoal está testando o Razer Phone e falaram que não tem comparação.

Fiquem ligados no Nós Nerds para mais notícias da Razer!

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Sgt Rock 1967

Eduardo "Sgt Rock 1967" Rocha é o idealizador do Nós Nerds! Técnico em informática e gamer inveterado e veterano.

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