F1 23 – Campanha com Egos Enormes Quase Reais
Eu deveria ter escrito este review na semana passada, mas preferi ficar maturando a campanha de EA Sports F1 23 dentro da cabeça, devo ter perdido uns fios de cabelo, pois a campanha do jogo tem uma história pesada e que podemos dizer que passa perto da realidade dos pilotos da FIA Formula One World Championship, ou como chamamos no Brasil: Fórmula Um.
A Campanha do jogo, chamada de Ponto de Frenagem (Braking Point 2), começa relembrando alguns eventos da temporada 2022 da equipe Konnersports que é controlada pela Butler Global, pai de um dos pilotos da equipe, Devon Butler, aqui temos um dos primeiros esbarrões com a realidade. “A bola é minha, se meu filho não brincar, eu levo a bola para casa!”. Parece estranho falar isso no mundo dos esportes, mas é claro que os jogadores que acompanham a Fórmula Um conhecem exemplos de pilotos que correm, ou não, pela quantidade de dinheiro que têm para colocar na equipe. Triste mas real em um esporte que gasta milhões de dólares por ano.
Você controlará três pilotos, inicialmente você usará como avatar o piloto Aiden Jackson, que tenta brilhar na equipe mas tem problemas com Devon demonstrados em flashbacks, e o cara tem um caráter, nada invejável, ruim. Ele tenta derrubar Aiden tanto fora como dentro das pistas. Porém, Aiden consegue se manter na Fórmula Um e na Equipe.
O game pula algumas corridas da temporada, para a campanha não ficar muito longa, pela quantidade de corridas. Mas dá para entender que as suas decisões podem mudar o destino final da temporada.
Na virada da temporada 22 para a 23, acontecem mudanças na equipe, o pai de Devon, Davidoff Butler, se afasta da liderança e do paddock, mas continua com as decisões na equipe, enquanto o novo chefe da equipe, Casper Akkerman, piloto aposentado, que foi parceiro de Aiden na temporada anterior.
Durante uma corrida, acontece algo que não é inédito na Fórmula Um: Um pneu não está no local de troca durante a parada nos boxes. Em um esporte onde a parada nos boxes é treinada várias vezes, para que possa ser quase perfeita, isso chega a ser inconcebível, mas também já aconteceu na vida real, até na equipe Ferrari (Eddie Irvine, GP Europa 1999). Nem quero começar uma teoria de conspiração, mas no jogo ela parece muito palpável.
Em uma reviravolta surpreendente no meio da temporada 23, Devon precisa parar de correr. E a escolha da equipe é a campeã da temporada da F2, Callie Mayer, irmã de Devon. Aqui temos outro momento de colisão com a realidade, mulheres na Fórmula Um. Até hoje, apenas cinco mulheres pilotaram em competições de Fórmula Um. E no jogo a Callie fala que é a mais recente e não a primeira.
Ela usa o sobrenome da mãe, porque o pai não queria ela pilotando e nem na equipe, mas a aposta é do chefe da equipe e você passa a ser a mente nas decisões e mãos dela no volante no restante da temporada.
Toda essa história é intercalada com entrevistas para a TV, nas quais as respostas contam para o desenrolar da sua campanha e também por decisões do chefe da equipe, sem deixar de fora as corridas, que podem ser adaptadas a suas qualidades de piloto, de acordo com as configurações do game.
Antes de terminar, gostaria de deixar claro que todo esportista tenta ser um vencedor, mas nem todo vencedor será um campeão, se não for honesto nas suas atitudes na busca pela vitória.
Conclusão
A campanha de F1 23 me deixou tão satisfeito que resolvi fazer um review só com ela, amanhã posto um com as funcionalidades do game e os outros modos do jogo. Agradeço a cópia do jogo, que me foi cedida, para o meu Xbox Series S pela Electronic Arts. O jogo está disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X|S.
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