Mandinga – A Tale of Banzo – Game Brasileiro
O game brasiliense aborda temas históricos e foi baseado no período da escravidão
Em uma época resiliência, força e luta contra injustiças. O ano de 1826 serviu de base para que a Uruca Game Studio criasse o game Mandinga: A Tale of Banzo. O período do Brasil imperial foi marcado pelo regime escravocrata e, também, pela coragem daqueles que lutavam em nome da liberdade. Ambientado na Bahia, o jogo acompanha a saga de dois africanos em situação de escravidão que lutam para sobreviver, fugir das atrocidades impostas pelo sistema e encontrar o Quilombo do Urubu, lugar onde os fugitivos poderiam encontrar segurança e esperança de uma nova vida.
O jogo alerta sobre um fato muitas vezes desconhecido pelos brasileiros. Os negros escravizados eram bem distintos entre si, tinham culturas, línguas e crenças diversas. Muitas vezes essas diferenças se refletiam na própria situação dos escravizados, pois alguns possuíam tratamento diferenciado e ocupavam postos de serviços menos penosos que outros.
“A Uruca Game Studio veio produzindo jogos com temáticas brasileiras desde o lançamento do jogo Banzo: Mark of Slavery”, revela Philippe Lepletier. “Começamos a gostar de contar essas histórias escondidas da cultura brasileira. Histórias que são ensinadas para a gente nas escolas, mas que não ganham reforços na mídia pop de hoje em dia e acabam se perdendo, se esquecendo”, completa.
A ideia da criação de Mandinga: A Tale of Banzo teve início no começo de 2018, mas o desenvolvimento completo do jogo se deu em dois anos. A equipe foi formada por seis profissionais que trabalharam à distância. O game foi feito com patrocínio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC‐DF) e já está disponível para compra por meio da plataforma Steam.
“Mandinga é um game que traz informação e reforça a cultura brasileira, trazendo a memória para que as pessoas se recordem das nossas raízes. Queremos que o jogo toque as pessoas nesse sentido, de fazer elas conhecerem, se identificarem e defenderem a história cultural do Brasil”, afirma Philippe Lepletier.
Jogabilidade
Tendo como cenários a fazenda de plantação de cana‐de‐açúcar e cidades da Bahia, o jogo promove batalhas em turnos, da mesma forma que os clássicos jRPGs da Era de Ouro dos consoles SNES e Mega Drive. A diferença é que o conjunto de dados é utilizado para atacar e lançar habilidades. Itens equipáveis, como armas, armaduras, acessórios e habilidades destravadas por nível fornecem um dado para o conjunto do personagem. O máximo de dados que cada personagem pode jogar, em uma batalha, é cinco. O jogador pode montar até cinco desses conjuntos para serem usados durante a batalha, podendo trocar conforme a estratégia do momento.
Mandinga: A Tale of Banzo é um spin‐off de outro título da empresa: Banzo – Marks of Slave. Banzo foi o primeiro game da Uruca Game Studio a participar de um edital de fomento à cultura. Trata‐se de um jogo de gerenciamento de um quilombo, o quilombo do Urubu, que ficava onde é hoje o parque São Bartolomeu, na Bahia. O jogador precisa dar ordens aos quilombolas para treinarem, produzirem e fazerem incursões na cidade de Salvador.
Uruca Game Studio
Fundado em em 2013 por Philippe Alves Lepletier, o Uruca Game Studio é um estúdio independente localizado em Brasília. A empresa já fez títulos para várias plataformas e tem, como objetivo, criar jogos encantadores e inovadores, explorando novos tipos de jogabilidade que podem fornecer novas experiências interativas e revolucionárias.
Site oficial: http://www.urucagames.com.br
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