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Papo de Bar – Fãs e Suas Limitações Criativas

EscritosGames e TechPapo de Bar

No final do ano (2021) eu comprei o Bundle do Call of Duty: Infinite Warfare que vem com o remaster do Call of Duty: Modern Warfare. Eu já tinha ouvido falar muito mal de Infinite Warfare, por diversos motivos que explicarei adiante, quando cheguei ao final do jogo, e assisti aos créditos do game, passei a querer escrever sobre o tema deste Papo de Bar, fãs e suas eternas concepções do que deve acontecer no que consomem.

Primeiro, preciso deixar claro que todo fã é um consumidor de algo, não existe fã que não consuma, pois se fosse assim, as pessoas seriam fãs do que não gostam e por consequência não consomem. Não há nada de vilanesco nisso e até deveria ser uma relação saudável, entre quem produz um produto e quem consome. Um biscoito recheado, um refrigerante, uma HQ, um séries de TV, uma série de livros e uma franquia de jogos, são produtos feitos para consumo. E com o tempo e qualidade dos mesmo, angariam fãs na cidade, país e ao redor do mundo dependendo do tamanho do alcance.

O problema nesta relação começa quando o fã começa a achar que ele tem mais direito sobre o produto do que quem o produz. Principalmente nos meios criativos. E esse problema se agravou com a internet e explico o motivo. As pessoas, antes de poder se juntar com uma opinião parecida do outro lado do mundo em questão de segundos, direto da segurança de estar oculto por trás da sua superpoderosa tela, precisavam sair de seus mundinhos de opiniões e enfrentar o mundo real e se colocar diante do julgamento dos outros. Um exemplo: Eu não gostei do final do filme X, achei o filme ruim, por mim o personagem principal tinha de ter ficado vivo e com seu relacionamento do a personagem secundária. Vejamos o principal problema nesta afirmação. Você tem todo o direito de não gostar de um produto, mas achar que ele é ruim por que foi contra as suas expectativas é no mínimo egoísta da sua parte.

Sim, o problema na maioria das vezes se trata de egoísmo, o consumidor acha que a obra é para ELE, pois ele é o fã do produto, quando na maioria das vezes o produto é feito para um público diverso, com muitas opiniões, expectativas e por muitas vezes, até é uma criação nova, com tentativas de inovação. Mas o fã, já falei que fã, vem de fanático? Sempre trata seu produto preferido como algo sagrado e por isso não aprecia mudanças, mesmo que possam ser melhores.

Papo de Bar. Imagem ilustrativa
Batalhas no espaço deixaram os fãs irritados. Uma novidade pode estragar uma franquia?

Mas vamos falar expecíficamente de Call of Duty: Infinite Warfare. O jogo se passa no futuro, e eis o primeiro problema para o fãs da série. Acostumado com jogos na segunda grande guerra,ele não aceita uma mudança de cenário. Oras, por quantos anos vamos celebrar a derrocada do nazismo, sem ficar repetindo as mesmas histórias? O Modern Warfare, mostrou que podemos ter grandes sagas no presente, e Infinite me mostrou uma grande história de luta e sacrifícios, em um cenário futurista.

Outra coisa que tenho quase certeza dos fãs não gostarem foi o sacrifício dos personagens, (desculpem esse quase spoiler, não direi quias foram os personagens, mas era preciso falar disso), dentro da série de Call of Duty, poucos foram os personagens que se sacrificaram, alguns perderam a vida em combate e até foram traídos, mas nunca se jogaram nos braços da morte para resolver um problema. E isso existe em uma guerra real.

Papo de Bar. Imagem ilustrativa
Ter um conceito de escolha de missões não é ruim, cria uma liberdade de ação no jogo.

Eu não sou um dos melhores jogadores do mundo, nunca escondi isso mas, várias conquistas do jogo ainda são raras, o que me faz perceber que o barulho feito por haters e fãs ao saber das mudanças de cenário, combate (tem várias fases em naves) e enredo (talvez nem tenham sabido disso), fez com que poucas pessoas jogassem este jogo.

Ao terminar o game, após uma vitória custosa para o lado que defendemos no jogo, ao subir os créditos, nos deparamos com mensagens finais de alguns personagens, você já deve ter visto essas cartas em filmes de guerra, com a frase: entregue para minha família/pais/esposa minha carta de despedida. E, nestas mensagens, você pode entender o significado de lutar por uma causa, mesmo que ela não seja perfeita, mesmo que ela não seja entendida por que vai consumir, mas pricipalmente, se ela for para fazer algo melhor.

Não sejam “fãnáticos”: consumam seus games, livros, séries e filmes como foram feitos, da maneira que foram feitos, entendam que não estou proibindo ninguém de ter opinião, mas nunca usem o argumento “para mim deveria…”, pois isso é apenas a representação do seu egoísmo, ao achar que tudo deveria ser feito para acalentar os seus desejos.Papo de Bar. Imagem ilustrativa

Por fim, fica a dica de se envolverem na história de Call of Duty: Infinite Warfare e sentirem o peso das decisões de uma guerra. Aos marines espaciais que perdem a vida durante o game, fica o meu “UHAA!”

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Sgt Rock 1967

Eduardo "Sgt Rock 1967" Rocha é o idealizador do Nós Nerds! Técnico em informática e gamer inveterado e veterano.

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