Rage 2: Get Ready to Die!
Olá, Nerds! Hoje vamos falar do trabalho conjunto da ID Software e Avalanche Studios que é Rage 2. Não se deixe enganar pelo visual colorido porque aqui, como é de se esperar desses estúdios, temos muito tiroteio pra todos os gostos. Como está no título em Rage 2: Get Ready to Die!
História
Rage 2 toma lugar logo após o primeiro jogo, a Autoridade está de volta representada pelo General Cross e deve ser detida por você com a ajuda de alguns personagens no denominado Projeto Adaga. Inicialmente temos a morte de uma amiga que será o pontapé para você, Ranger Walker, dar início ao Adaga feito especialmente para parar de vez a Autoridade. Aqui você é como um “garoto de recados” mas com um propósito nobre e falas próprias. A linha da campanha se desenrola com você realizando atividades para subir seu nível em determinadas áreas representadas pelos personagens que irão lhe auxiliar em sua jornada, são eles Loosum Hagar, John Marshall e Antoni Kvasir, tais atividades sobem o seu nível naquela área e após conseguir o suficiente uma missão é desbloqueada dando sequência ao projeto. São 3 personagens nesse projeto, ou seja, 3 áreas especificas para subir de nível e que além de dar continuidade a missão principal, garantem benefícios para você ao longo do jogo.
A história principal é curta, não é difícil subir de nível nas 3 áreas, e logo após concluir as missões relacionadas a cada um dos 3 personagens, você se encaminha para a base da Autoridade para detê-la. Entretanto, mesmo com uma campanha curta, há várias atividades espalhadas pelo mapa e diversas missões secundárias que desbloqueiam à medida que você explora o mundo ou conversa com NPCs nas cidades, o que rende boas horas de jogatina e compensa o tempo investido. Acho válido frisar aqui também que o game apresenta várias referências ao primeiro jogo, sendo bem posicionado quanto ao tempo passado e momento atual daquele mundo.
Gameplay e Mundo Aberto
Rage 2 foi prometido como um dos gameplays mais insanos para o ano de 2019 e somos bem agraciados quanto a essa promessa. Temos momentos de tiroteio rolando solto e momentos de exploração e combates com o veículo. Aqui vale a máxima usada por mim no review de Doom: “tiro, porrada & bomba”, inclusive porque um dos estúdios que desenvolveu Doom está presente no desenvolvimento de Rage 2 e vemos semelhanças quanto a um gameplay frenético e bem feito para o tiroteio, pancadaria e sanguinolência. Em Rage 2 além de termos o fator shooter temos o fator habilidades, unidos temos um gameplay que te faz se sentir como um deus com seus poderes e armas, a dificuldade é crescente a medida que você adquire novas habilidades e expande seu arsenal, e em cada momento você é colocado a prova com o que adquiriu para se sentir no controle como o único Ranger restante daquele mundo.
Como shooter, Rage 2 oferece uma jogatina sólida, identidade da ID Software, que lembra clássicos da Bethesda como Doom e Wolfenstein, com boas mecânicas que um FPS deve ter, além de uma boa variedade de armas sendo divertido o tiroteio e trocas rápidas, mas o jogo ainda respeita se você tiver suas armas favoritas e só apostar nelas durante todo o gameplay, eu por exemplo variei um pouco para testar mas no final ainda preferia o conjunto fuzil de assalto, escopeta e lança foguetes para os grandões e isso sem me sentir prejudicada em nenhum momento. Como habilidades, Rage 2 traz para você a sensação de ser imbatível e até imortal, já que há uma habilidade que te “traz de volta”, é simplesmente glorioso alternar entre tiro e habilidades, cada qual com sua especificidade e que garantem liberdade de abordagem a cada cenário, o que lembra Borderlands e te traz a sensação já mencionada de se sentir um deus dos ermos. Tanto as habilidades quanto as armas desbloqueiam a medida que você explora o mapa em busca das Arcas, cada Arca contém uma habilidade ou uma arma única para seu arsenal.
A inteligência artificial dos inimigos é algo bem polido que merece ser falado, os inimigos reagem a cada tiro dependendo de onde você atira ou a acontecimentos como explosões, podendo ficar atordoados, ter peças da armadura desfeitas, atirar caídos ou ir pra cima de você se estiverem prestes a morrer, isso além da variedade de oponentes e seus modos de investidas.
A ambientação de Rage 2 vale menções honrosas a ícones da nossa cultura como Mad Max. Temos as Terras Áridas ou Wasteland, com áreas desgastadas pelo tempo ou tomadas pela natureza e vastidões isoladas, aqui temos regiões bem delimitadas como áreas de pântano, com mais vegetação ou mais desértico, com algumas poucas cidades e todo mundo ao redor vivo e rico com pequenos acontecimentos como interações de NPCs que dão a sensação de um ambiente real. A todo o momento o jogo te incita a explorar para melhorar suas habilidades, subir de nível nos projetos, encontrar novas Arcas etc. O mapa é pequeno, porém denso com várias atividades, é muito fácil de distrair durante uma missão por se deparar com algum evento secundário durante a exploração. E vale mencionar que uma das reclamações do primeiro jogo, os checkpoints, aqui foram melhorados e não são tão distantes, mas ainda vale a precaução de salve sempre seu jogo.
Não podemos deixar de citar os combates de veículos com a melhor pegada Mad Max como podem imaginar mas essa é atividade totalmente opcional, você pode engajar em um desses combates enquanto explora os ermos mas também pode passar direto sem se preocupar com veículos te perseguindo pois é algo que não acontece.
Gráficos e Áudio
Rage 2 é sem dúvida um dos jogos mais bonitos dessa geração e arrisco a dizer da próxima também, isso porque temos aqui um trabalho bem feito com visuais estonteantes e coloridos com uma pegada neon e até noire quando nas cidades, além da violência gráfica que é algo presente e lindo de se ver, com cabeças explodindo e órgãos dilacerados com tiros.
Nas palavras dos desenvolvedores, o jogo roda a 1080p e 60FPS no Xbox One X e PS4 Pro, 30FPS nos Xbox One normal e PS4 normal, e para PC não há limites, o foco aqui foi garantir fluidez nos consoles mais potentes ao invés de resolução. A performance e fluidez do game impressiona, com poucas telas de load, transações instantâneas entre gameplay e cutscenes e rapidez até mesmo quando você usa a viagem rápida. Como quem está jogando em um Xbox One Fat, posso dizer que não me senti prejudicada com a limitação de 30FPS, mas claro que 60FPS ou mais fariam diferença dado a natureza do jogo.
Uma coisa que faria sentido em Rage 2, mas estranhamente não está presente, é uma rádio. Seria legal ter uma rádio dos ermos, como acontece em Fallout por exemplo, com músicas para compor a proposta frenética do gameplay e os momentos de contemplação durante a exploração. Fora isso, a trilha sonora é bem composta para momentos de calma e agitação.
Vale ressaltar que todo o game é dublado em um trabalho profissional e bem feito. (quem te viu, quem te vê hein, Bethesda?)
Mas Nem Tudo São Cores…
O game sofre de alguns bugs como botões de interagir que não são exibidos, nomes fora de contexto na tela, erro ao tentar conversar com um determinado personagem para iniciar uma missão, imprecisão de iluminação em alguns ambientes entre outros reportados pela Internet. Em minha experiência me deparei com esses erros, o mais sério é o erro ao tentar conversar com o Dr. Kvasir e não conseguir, apenas é possível conversar com ele através do ícone de conversa que aparece ao nos posicionarmos frente ao “pernas”, isso impossibilita seguir a missão principal e é um dos mais graves na minha opinião. No entanto os desenvolvedores estão cientes e garantem update para melhorar a experiência e até o momento desse review uma atualização já saiu.
Além disso, há microtransações presentes, porém são cosméticas apenas e você ainda pode adquirir as skins com dinheiro ganhado enquanto joga, e importante mencionar as skins e itens exclusivos ganhos nos desafios da comunidade.
Conclusão
Rage 2 é um exemplo de que FPS não é só multiplayer e ainda há bons exemplos para os lobos solitários. O enredo não é o forte e segue a linha “mocinhos vs cara mau” mas seu gameplay é aonde ele brilha sem dúvidas. A ID Software entrega um bom trabalho como FPS e a Avalanche também entrega um bom trabalho como mundo aberto. Amantes de um bom FPS single-player estão bem servidos e o lema da Bethesda “save the player one”, para aqueles que gostam de jogar sozinhos, se faz valer aqui. Player One segue salvo com esse incrível jogo a lista! Rage 2 está disponível para Xbox One, PlayStation 4 e PC.
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