Wasteland 3 – Tiros, Socos e Algumas Explosões
Uma baita surpresa. Isso é o mínimo que posso dizer sobre Wasteland 3. Sempre tinha ouvido falar sobre essa franquia, já vi em promoções várias vezes, mas nunca tive curiosidade de testar, então quando me foi encumbida a tarefa de fazer esse texto, eu fui completamente cego. E posso dizer que tive uma das mais gratas surpresas dessa minha curta experiência com games.
Um Mundo Envolto ao Caos
Na história podemos escolher entre alguns pares de personagens com especializações diferenciadas, e depois disso o foco muda totalmente para o mundo onde acontece a ação. Tudo acontece no estado do Colorado, mas em um futuro pós-apocalíptico, e a dupla que controlamos são os únicos sobreviventes do Team November, parte dos Rangers. E logo encontramos o Patriarca, que nos manda em uma missão pra lá de ingrata.
O mundo de Wasteland 3 é vivo e temos muitas coisas para fazer. Podemos conversar com todas as pessoas que encontramos pela frente e assim ir descobrindo um pouco mais do que aconteceu com aquelas personagens e com a cidade. Podemos escolher ajudar a todos, ou ser um completo babaca. Todas as nossas escolhas afetam de algum jeito a forma como somos recebidos.
É bem legal como podemos perceber e resolver problemas sem necessariamente partir para a porrada. Claro que no começo é mais difícil, já que nossos personagens tem poucas habilidades, então temos que escolher algumas das menos piores ou então deixar portas para trás.
Alguns dos personagens secundários são extremamente carismáticos e dão vontade de descobrir sobre o seu passado. Outros são bem ácidos ou engraçados. Um ponto bem forte é em como as coisas são construídas de forma a surpreender o jogador.
Atira, Anda, se Esconde e Repete
Caso não seja possível resolver os problemas de forma pacífica, é hora da porrada. Ou dos tiros. Como o jogo possui uma câmera isométrica, podemos girá-la para ver melhor a localização dos inimigos e montar a melhor estratégia, sendo ela fundamental para a vitória.
Saber as habilidades e capacidades dos membros do seu esquadrão é essencial para o bom desenvolvimento da jogatina. Como podemos evoluí-los da forma que quisermos, precisamos ter sempre em mente o que cada um pode fazer e assim aproveitar melhor tudo o que o jogo tem a oferecer.
Durante a jornada poderemos acumular uma grande quantidade de armas, desde pistolas, fuzis, rifles, escopetas, chegando até armas laser. E essa possibilidade abre ainda mais o leque de opções e de rejogabilidade, já que podemos ir testando as melhores opções, até encontrar uma que seja a nossa cara. Mas não só de trabucos que Wasteland 3 é feito.
Para os amantes da porrada nua e crua, há uma série de opções, como facas, socos inglês e outros. Tudo para deixar o seu personagem com a sua cara. E além disso, todos os equipamentos de defesa aparece assim que o vestimos. Então caso encontre um elmo com chifres coloridos, lá ele estará. Algumas vezes é bizarro, mas mostra o empenho dos desenvolvedores.
Joga y Joga
Um fator que eu curti demais foi poder cumprir certos elementos da missão principal enquanto fazia missões secundárias. Muitas deles não envolviam em combates, mas sim em resolver problemas para os outros. Então, para mim, que estou acostumado com RPGs japoneses, foi um prato cheio.
E uma coisa que sempre me deixava empolgado ao subir de nível era pode revisitar os mapas onde eu já havia passado. Seja para abrir um baú, uma porta ou descobrir algo novo. Então muitas das vezes eu procurava por cantos escuros e segredos que eu pudesse visitar.
Durante essas visitas, eu comecei a recrutar membros para a minha equipe e também para a base. Durante a jornada podemos chamar algumas pessoas para nos auxiliar em algumas tarefas, como cuidar de uma prisão, do hospital e até de um museu. Eu achei isso muito divertido mesmo, pois me dava motivos para explorar mais e mais a base.
Como ponto negativo do game, eu posso citar a ausência do português entre os idiomas disponíveis. Há uma grande quantidade de tutoriais para os novatos, como eu, e sem eles seria impossível desfrutar do jogo. Isso, infelizmente, irá afastar possíveis novos jogadores.
O gráfico de Wasteland 3 não é o melhor da geração, e algumas paredes ficam na frente da câmera em alguns momentos, mas cumpre bem o seu papel. A trilha sonora combina com a atmosfera gelada que o game possui e não deixa a desejar.
Os Rangers de Wasteland
No geral, Wasteland 3 é um jogo extremamente competente e cumpre muitíssimo bem a sua proposta. Ele diverte e intriga os jogadores, que devem sempre ficar de olho nas suas escolhas. Se essa vai ser a sua primeira interação com a franquia, pode ter certeza que você irá gostar e muito. Para quem não domina o inglês, o jeito é torcer para que a desenvolvedora introduza o português através de algum patch futuro, ou então procure um dos muitos tutoriais que irão surgiu na internet.
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