World of Warships – Entrevista com Gustavo Costa

Entrevistamos o líder da comunidade do Brasil de World of Warships, na véspera do anúncio dos lançamentos comemorativos de Sete de Setembro, no BIG Festival.
Nós Nerds: Estamos com Gustavo Costa, da World of Warships, Líder da comunidade do Brasil. Gustavo, diga uma coisa para os leitores, você está fazendo o lançamento, várias novidades, falando do Brasil. Inclusive uma que toca o meu coração, porque, carioca como sou, vou ter o calçadão de Copacabana no navio. Essa integração partiu do Brasil para War Gaming ou veio da War Gaming para o Brasil?

Gustavo Costa: 2 anos atrás quando eu comecei a trabalhar aqui na Warships, eles queriam trazer alguma representação do Brasil para o jogo, então eu já comecei logo no segundo mês, pedindo palpites para as pessoas “O que vocês querem, o que seria legal ter no jogo?”. Veio muita gente dando respostas, queriam muita coisa e uma das que foram repetidas várias vezes, foi o Rio de Janeiro, o encouraçado. Eu notei que o pessoal queria. Comecei a fazer todo procedimento de fazer um pedido para colocar o navio no jogo. Durante o caminho nós colocamos outros itens, outros navios que foram mais fáceis de colocar no jogo, um exemplo foi o Albany, que já existia, já era um navio que está no nosso jogo, então basta você copiar ele que você tem o Abreu. É o mesmo navio, ele foi feito igual como era e foram feitos pequenos ajustes, foram coisas fáceis. O Rio de Janeiro não foi um clone exato de nenhum outro navio, porque mesmo sendo igual a outro navio, ele teve algumas mudanças, poucas, mas eu não queria colocar no game sem implementar a mecânica. Toda nação no game tem um gostinho próprio, uma dá mais poder de fogo, outra tem mais blindagem e eu queria já saber o que que é o Brasil queria de diferente, antes de começar a colocar os navios no game. A galera queria mesmo que o Rio de Janeiro, o Riachuelo, Minas Gerais, todos esses navios. Eu queria esperar para definirmos tudo termos aquele gosto brasileiro. Tivemos de fazer bastante trabalho no Rio de Janeiro, por isso que ele demorou. Na verdade, ele tinha ficado pronto antes, mas não estava satisfeito. Lançamos ele como Agent Court, e falamos: “dá para o britânico esse navio, que vamos fazer algo melhor”. Aí continuamos trabalhando para fazer um navio icônico do jeito que deveria ser, a empresa deu sugestões, mas veio da galera, da comunidade, todo conteúdo que está hoje no jogo, veio de algum tipo de pedido da comunidade.
NN: Tem uma coisa que eu acho superinteressante, que vi no release, vocês estão comemorando o Sete de Setembro, 200 anos de Independência, uma data que o brasileiro está esquecendo. Esse ano está tão conturbado, um ano tão doido, que as pessoas não estão lembrando disso, e a comunidade World of Warships vai poder fazer isso, vai lembrar dessa data, essa obviamente também partiu daqui, qual a relação que você dá de importância do jogo relembrar esses fatos para o Brasil?
GC: Olha, eu acho que o jogo já é bem voltado à história, tanto é que a gente tem mais 400 navios baseados em fatos reais, navios históricos, que foram feitos ou nunca construídos, então a importância histórica nesse jogo para nossa comunidade é altíssima. Eu já fiz vários eventos de diversão, e o pessoal não reagiu bem; quando eu trago alguém para fazer uma palestra sobre uma data histórica, lota.
Eu senti a importância histórica para a comunidade. Os 200 anos foi comentado pela comunidade, eu falei “Cara, não pode um momento histórico tão marcante, 200 anos, tem que ser comemorado” eu falei para o desenvolvimento do game: “Sete de Setembro, eu quero tudo isso aqui, muitas coisas, muitos itens”. Nem os Estados Unidos, nem o 4 de julho, teve tanto evento quanto os nossos 200 anos. Tem mais evento do que a comemoração dos Estados Unidos. E eles falaram “Olha, 200 anos é um baita de um número e vamos botar tudo que você quer por que a gente vai a gente quer representar o Brasil” então me deram missões, vão ser várias missões, não vai ser só uma.
Geralmente eles colocam só uma missão, mas serão várias missões, o porto vai ser reconfigurado só para aquele período, para ter bandeira, aviões fazendo trilha de fumaça, tudo isso só para comemorar os 200 anos da Independência do Brasil, que por ser histórico eu acho que vai ser superimportante para a galera.
NN: Essa participação dos 200 anos da construção de navios, reconstrução histórica dos mesmos, você teve apoio do Ministério da Marinha?
GC: A Marinha está, aos poucos, ajudando a gente um pouquinho, mas a gente começou a trabalhar com eles agora, o pessoal tem um certo medo, por que no passado ocorreram alguns problemas. Mas a interação é tanta, que a Ilha das Cobras, que é o lugar do porto, que eu queria fazer um alguma coisa lá, eles falaram: “Desde 2012 ninguém entra aqui” e eles falaram para a gente “vamos confiar em vocês” e deixaram a gente entrar para fazer filmagem do lugar. Então, além de deixar a gente entrar, ainda deixaram a gente filmar. Foi uma honra essa confiança na nossa empresa. Teremos três pessoas da Marinha que vão acompanhar o anúncio amanhã (essa entrevista foi feita na véspera do anúncio das comemorações do Sete de Setembro, no BIG Festival). Nós fomos mostrando o conteúdo para eles, todo mundo está muito feliz com o que foi criado, usando a imagem da Ilha, vai ser um espetáculo, vai ser maravilhoso e eu acho que vai crescer a nossa confiança com a Marinha, para fazermos muito mais coisas. O Bauru, que já é o museu que vamos levar um convidado, a Marinha falou: “Ele (visitante) vai ter alguém específico para acompanhar a visita e contar a melhor história possível dos fatos que aconteceram nesse navio”. Eles já estão conversando com a gente um pouquinho mais, antes era aquele empurra-empurra, “quem são vocês?”, Hoje as portas estão se abrindo, nos Estados Unidos a gente já tem as portas abertas, eu posso falar: “Eu preciso de um porta avião”, os caras estacionam lá no meu quintal, eles já atendem isso lá. Ter isso no Brasil para fazer evento, para contar contos históricos, para crescer a cultura mais ainda e trazer de volta o que as pessoas estão esquecendo. Eu acho que é importante voltar a lembrar o que aconteceu, eu acho que isso ajuda a Marinha e nos ajuda, crescemos juntos e faz muito pelo Brasil. Então eu acho que a representação que a Marinha está fazendo é uma diferença muito importante para gente. Eu espero muita coisa legal para frente.

NN: Como você falou, muito mais coisas virão até o Sete de Setembro e provavelmente dias depois.
GC: Sim, até depois. Temos seis anúncios, um deles já é o Rio de Janeiro, que já foi meio que avisado, que tem que ser testado, infelizmente temos que testar, então teve que anunciado antes. Os outros, fizemos testes internos, não tem problema, não precisa botar para o público, então vamos anunciar dia 10. Mas sim, depois disso eu falei, os próximos três meses esquece que eu existo, não fale comigo porque eu vou estar resolvendo outras coisas, vamos ter outros anúncios, várias outras coisas, vai ter muita coisa por vir.
Eu agradeço toda a atenção dada pelo Gustavo na nossa visita ao estande do World of Warships no Big Festival.
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