Astronautas
É certo que demorei um pouco para começar a ler Astronauta – Assimetria, terceira edição capitaneada pelo Danilo Beyruth, feita para o selo Graphic MSP. Mas agora que acabei, vou apresentar minha opinião, com o mínimo ou nenhum spoiler. Eu ia dar o título deste post de Astronauta-Trilogia, mas para quem já leu Assimetria, já deu para entender o título Astronautas, já que o post também vai falar sobre as duas primeiras histórias do personagem nesta coleção de Graphic Novels.
Astronauta – Magnetar
Não basta ter uma aula de astrofísica de forma simples e clara nas primeiras páginas da história, você também é levado por uma visão do autor do que poderia acontecer com uma pessoa que estivesse em total isolamento que, diante de um problema, tenta por diversas vezes acertar as coisas e nem sempre consegue ver as alternativas para a solução.
Magnetar é o primeiro título das Graphic MSP, projeto desenvolvido a partir da coleção Maurício de Sousa por 50, com pequenas histórias dos personagens do pai da Mônica, por 50 artistas de todos os cantos do Brasil, que tiveram duas continuações e o spin off Ouro da Casa, capas na imagem abaixo. Uma grande aposta editorial do “Mago da Era de Ouro” Sidney (Sidão) Gusman, que deve ter acertado no seu “vermelho 27”.
Uma grande história contada pelo Danilo Beyruth, autor de Necronauta, do premiado Bando de Dois e atualmente desenhista da Marvel. A parte que conta a rotina do “náufrago” com a repetição das atividades do Astro deixa claro a espiral da solidão do personagem. Os desenhos complementam a narrativa, muitas vezes sem precisar “falar” nada.
Singularidade
Após todos os percalços da sua última aventura, Astro (já estamos íntimos) precisa provar que está pronto para voltar para sua nave e para o espaço, para investigar um buraco negro, um dos maiores mistérios do universo. Novamente com um rápido esclarecimento do fenômeno feito pelo autor.
Nesta aventura, nosso herói se vê com dois companheiros de viagem o que lhe traz uma interação com personalidades diferentes e interesses diferentes dos seus. Novamente texto e imagem criam uma narrativa espetacular, nos levando por uma aventura “sci-fi” muito mais conflitante do que a anterior.
O desfecho me parece trazer o herói para perto de suas necessidades pessoais, sua casa, sua família e seu amor Ritinha.
Assimetria
Os multiversos sempre são retratados com simétricos (“terra 1”, “terra 2”, “universo 616”, “universo Zumbi”…) Mas uma característica deles sempre é assimétrica: as pessoas. Sim, em todo (multi) universo são as pessoas que divergem, pois não me lembro de ter visto uma ficção onde o que muda é toda a concepção geo-espacial do sistema solar, por exemplo.
O que não deixa de acontecer nesta aventura do Astronauta, ao investigar uma atividade no pólo norte de saturno, ele é envolvido em uma aventura multivérsica (essa palavra existe?). Onde, mais uma vez, precisa de toda sua coragem e pensamento rápido para conseguir ser vitorioso. No final dessa aventura o título anterior do meu post foi destruído, e é com muita alegria que falo isso.
Ufa! Cheguei até aqui e quase sem spoilers, se você não notou nenhum ou não se ofendeu com eles eu agradeço e espero que curta muito as três edições de Astronauta. Que venham mais aventuras espaciais!
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