5 de julho de 2024
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Escritos

Days Gone Primeiras Impressões

O Nós Nerds jogou, na Brasil Game Show (BGS) 2018, a demo de uma das produções mais aguardadas para PlayStation 4: Days Gone. O jogo de ação da Bend Studio é bastante promissor e chama a atenção pela clara proposta de te colocar para matar hordas de zumbis.

No game você irá controlar o protagonista Deacon St. John. O aparentemente motoqueiro barra pesada terá que lidar com um mundo que ruiu, onde parte da população foi transformada em seres violentos irracionais.

O jogo foi testado na BGS no estande da PlayStation. A demo testada, que podia ser jogada por cerca de 10 minutos, se chamava “You got a death wish”. Days Gone será lançado em 22 de fevereiro  exclusivamente para PS4.

Miscelânea de Referências

Os produtores da Bend Studio pegaram referências nas mais diversas produções sobre zumbis e mundos pós-apocalípticos. As criaturas do jogo, que são chamadas de “freakers”, se parecem bastante com as criaturas do filme “Eu sou a Lenda”, de 2007.

Ao subir em um ônibus para escapar dos bichos, eles se amontoam para conseguir chegar ao topo do veículo e te pegar, lembrando bastante algumas cenas de “Guerra Mundial Z”. No quesito ambientação, o jogo é muito parecido com The Walking Dead. Até uma motocicleta a la Daryl o protagonista também tem.

E também é impossível deixar de perceber o quanto Days Gone foi inspirado por The Last of Us. Apesar das propostas diferentes, já que o predecessor é mais focado no survival, o lançamento da Bend Studio deixa um ar de “já joguei isso antes”. A produção da Naughty Dog parece, inclusive, ter sido a maior inspiração.

Outro quesito é digno de nota. Days Gone terá crianças zumbis, fato que me chocou no instante inicial quando me deparei com uma. Essas criaturas se movimentam de maneira bastante semelhante ao Gollum, de Senhor dos Anéis.

TLoU Fazendo Escola

Como já citado, o game lembra em vários aspectos The Last of Us. Entre eles estão a possibilidade de construir itens (crafting), o looting, a movimentação do personagem, o combate mano a mano e até mesmo o apelo visual do ambiente degradado pelo fim do mundo.

Como em TLoU, Deacon St. John pode usar tacos de beisebol, pedaços de madeira e coquetéis molotovs para acabar com os freakers, por exemplo. E é no uso destes itens que o game de 2019 trilha seu próprio caminho.

Proposta

Apesar dos trechos das demos serem recortados, fica bastante claro que o game privilegia o combate direto. A proposta é mesmo aquela vista no primeiro trailer de anuncio na E3 2016. Você terá muita munição para lidar com hordas de dezenas (em alguns casos centenas) de freakers e outros monstros.

Na demo que eu joguei, onde o protagonista interage com um parceiro, não é possível medir como o game irá balancear o modo porradaria e o stealth, que até existe. Para mim, não foi possível saber quais serão as recompensas e punições para quem optar por jogar no estilo Solid Snake, contrariando um pouco da ideia geral do game.

Saldo

A impressão que o jogo deixa é bastante positiva. Os cenários são bonitos, a jogabilidade é fluída e atirar nos monstros é um negócio bastante divertido. O único problema relevante que eu notei foi um glitch no fechamento das portas.

É possível entrar em casas abandonas para fazer o looting. Porém, na hora de fechar as portas uma animação bizarra era acionada. O protagonista trancava a porta pelo lado de fora e depois magicamente aparecia dentro da residência. Isso aconteceu três vezes nos cerca de dez minutos de jogatina.

No começo da demo eu confesso que fiquei um pouco perdido. Por causa do mundo aberto, a sensação de ser largado em um local pós-apocalíptico te deixa bastante deslocado. A missão consistia em encontrar um equipamento de moto em uma garagem, o que eu acabei não realizando porque preferi andar e explorar um pouco mais a ambientação.

De resto, o exclusivo de PS4 parece promissor. Ele certamente não venderá como um AAA, e na verdade nem acho que essa é a expectativa da Bend Studio. Mas para uma desenvolvedora que é conhecida por produções menores para consoles portáteis, Days Gone muito possivelmente deixará uma boa impressão em quem não conhecia o trabalho da empresa.

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Carlos Palmeira

Jornalista/paulistano/26 anos/Corintiano Tenho mais tempo jogando Pokémon Crystal do que dormindo

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