Nosso Tributo a Stephen Hawking

Hoje, não irei homenagear Stephen Hawking. Soaria hipócrita enaltecer alguém a quem nunca citara ou acompanhara em seus estudos científicos. Sequer compartilhava seus textos e citações, como é comum por aqui na rede.

Em lugar de lamento, trago reflexão.

A cada falecimento de um renomado músico, cientista ou célebre figura do mundo moderno, se costuma afirmar que estamos mais órfãos de gênios. Estamos mesmo, ou estamos ocupados demais para descobrir os novos gênios entre nós?

Reclamamos que a mídia destaca pessoas que não deveriam ser enaltecidas, mas nós mesmos fazemos, em algum momento, o contrapeso da balança, dividindo notícias de novas descobertas? Ou perdemos nosso tempo com memes destacando justamente aqueles rostos que desaprovamos?

São poucos os que hoje, trazem até as redes sociais alguma contribuição informativa e significativa.

A saída de cena de Hawking é lamentável, sim. Foram anos de contribuição a despeito de suas batalhas pessoais. Mas além de uma perda, representa um sinal.

Nesses tempos obscuros, nos quais as trevas no horizonte regridem as ideias e convicções, a despedida de Hawking é um alerta para que busquemos os novos nomes que estão por aí, aguardando a oportunidade de ajudar o ser humano a atingir todo o seu potencial. Algo que Hawking sempre buscou, e creio que esta resposta não está nas estrelas, mas quem sabe, escondida em nós mesmos.

A despedida de Hawking, para mim, é (ou deveria ser) como o crepúsculo de Luke Skywalker, o último Jedi. Uma saída etérea que logo, inspira os mais jovens a seguir um caminho nobre que muda o mundo ao nosso redor.

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