26 de julho de 2024
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EscritosPapo de Bar

Papo de Bar: Uma Guitarra, um Controle e Várias Tardes.

Quando era moleque e passava os dias na rua sem jogar vídeo games, havia um vizinho que sempre estava com um violão na mão tocando grandes clássicos do rock, bandas como Deep Purple, Led Zeppelin e outras passavam naquelas seis cordas mágicas. Naquela época, não era muito fã desse tipo de música, preferia o sertanejo e pagode da época, mas gostava demais daquele instrumento.

O tempo passou e nunca aprendi a tocar o bendito violão. Mas tudo mudou quando meu irmão comprou o maravilhoso PlayStation 2 com o excelente Guitar Hero, finalmente poderia tocar uma música! Ainda mais numa guitarra! Era como um sonho se tornando realidade, mesmo que por alguns minutos e com um controle nas mãos.

Iniciar o modo carreira com I love rock’n’roll da Joan Jett explodiu a minha cabeça. Eu precisava conhecer mais sobre aquele estilo musical e as canções que compunham o game. As músicas passavam, até finalmente chegar na Iron Man, do Black Sabbath, uma pedrada na orelha. As músicas seguiam até fechar com Bark at the Moon, do Ozzy Osbourne. Eu finalmente havia me tornado um Guitar Hero, após isso eu já sabia o que era o metal. Mas eu queria mais.

Eu precisava de mais desafios. Precisava me tornar o verdadeiro Guitar Hero. Fui na loja de jogos e descobri que a terceira versão do jogo já havia sido lançado. E pude começar a minha nova jornada, a mais difícil delas.

Com canções de bandas que hoje fazem parte do meu dia a dia, como Alice Cooper, The Who, Metallica e um em especial, Dragonforce. A música desta última só era liberada após terminar o jogo, mas era aí que começava o real desafio.

Essa música é muito rápida, mas muito rápida mesmo. Passava tardes e tardes tentando passar a bendita música, mas nunca consegui em um nível de dificuldade alta, sempre perdia na metade da canção. Meu irmão detonava,  terminava a música com mais de 95% das notas, tinha uma baita inveja. No multiplayer ele era imbatível, depois de um tempo eu desisti de jogar com ele, não tinha nem graça, às vezes, para tirar um barato com a minha cara, ele começava a jogar 30 segundos depois de mim, e ainda ganhava a partida.

O tempo passou, meu PS2 já não funciona mais. Jogos como Guitar Hero perderam a relevância e caíram no limbo. Ainda não aprendi a tocar violão, quem dirá guitarra. Mas eu sei que dentro do meu coração eu sou um mestre da guitarra, afinal, eu já consegui terminar Guitar Hero, apesar de ainda não ter batido a música do Dragonforce.

E aqui faço uma pequena confissão, entre encarar essa realidade sombria que vivemos, cheia de problemas e mazelas, e o mundo colorido e cheio de ação e aventura dos games, eu com certeza fico com os jogos. E lá eu sou um guitarrista consagrado, um mestre Pokémon e várias outras coisas, mas esse é papo para outro dia.

Um forte abraço.

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Ailton Bueno

Um treinador de Pokémon aposentado que abandonou a carreira para escrever sobre joguinhos. Nos tempos livres, eu me enveredo pelos mais longos JRPGs que encontro e perco várias horas treinando explorando os mundos.

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