Retomando Washington em The Division 2

The Division foi lançado em 2016, prometendo uma jogabilidade inovadora, com gráficos acima da média. O jogo desenvolvido pela Massive, distribuído pela Ubisoft, foi anunciado em 2013 e sofreu diversas mudanças até o seu lançamento.

Além disso, o jogo teve muitos problemas no seu início. Diversos bugs, constante atividade de cheaters, muitas críticas à falta de conteúdo imediato após o fim da campanha. Porém a Massive, apoiando-se na forte comunidade do jogo, fez The Division se tornar um dos melhores “Shooter Looter”, tudo devido as correções e expansões alinhadas aos pedidos dos jogadores.

Em The Division 2, esse bom trabalho continua, e se expande. Contando a história sete meses após os eventos do primeiro jogo, A Trama leva o jogador de New York para Washington D.C., capital dos Estados Unidos. Novos desafios aguardam os agentes da SHD, que agora tem a Casa Branca com sua base.

A História

O mais curioso da história de The Division 2, talvez seja sua ambientação, um “apocalipse” baseado em fatos e estudos científicos, realizados pelo governo americano. Teoricamente, um ataque bioterrorista poderia causar a queda da sociedade como conhecemos e o fim das estruturas governamentais, iniciando uma luta pela sobrevivência. Tudo isso sem a necessidade de um governo absoluto e cruel, alienígenas, zumbis ou bombas nucleares.

Começa aqui o diferencial da jogabilidade. Por manter “os pés no chão”, The Division 2 acerta em cheio, pois que podemos relacionar atividades do jogo com a realidade que infelizmente já existe no nosso mundo, e convivemos diariamente.

O Gênero

Apesar de se encaixar no gênero “Shooter Looter”, onde o objetivo é conseguir itens melhores repetindo as atividades em dificuldades mais altas, The Division 2 é basicamente um RPG de ação online. Seu combate é com armas de fogo e uso de cobertura, sua visão em terceira pessoa, uso de habilidades especiais, e se apoia, sim, na habilidade do jogador em acertar seus tiros. Não houveram muitas mudanças nisso considerando o primeiro jogo, e essa receita conhecida funciona bem, como em Mass Effect e Gears Of War, por exemplo.

Mas não se engane, o fator RPG é alto. Cada Agente pode ser construído de forma diferente, com estilos de jogo baseados em armas especificas, ou habilidades, ou puramente estatísticas. Por exemplo, você focar todos seus equipamentos e habilidades em uma submetralhadora que vai ter uma quantidade de disparos por minuto altíssima, procurando ganhar o máximo de acertos críticos. Ou pode simplesmente focar sua construção em defesa, regeneração e habilidades que tornam seu Agente em um verdadeiro tanque, sem se importar com qual arma vai usar. Pode também usar as duas estratégias ao mesmo tempo.

Para quem jogou o primeiro jogo, pode parecer que nada mudou, porém além dos sistemas mais simples gerenciáveis, agora contamos com as Especializações. Além de duas armas principais e uma arma reserva, após o Agente atingir nível 30 você pode usar uma arma Especial conforme sua Especialização. São elas:

• Atirador de Elite: Você recebe um Rifle de Precisão TAC-50C, o famoso “Sniper .50”. Perfura blindagens, detona pontos fracos e causa uma onda de choque aos demais inimigos próximos.
• Sobrevivencialista: Sua arma especial é a Besta com Virotes Explosivos. Silenciosa, porém devastadora ao aplicar diversos efeitos extras ao dano, como fogo, cegueira, sangramento e veneno.
• Demolidor: Puro dano, a arma especial é a Lança-granadas M32A1. Capaz de eliminar vários inimigos rapidamente, as granadas também podem causar incêndios.

As Especializações não são uma escolha única, você pode alterar entre as três durante o mesmo game play, basta ativar a especialização na casa Branca.

Bugs

Algo que também faz diferença no fator diversão são as capacidades de servidores e a quantidade de bugs. Sabemos que é nesse momento que a paciência do jogador vai pelo ralo; mas em The Division não sofremos. Em comparação com outros jogos, a quantidade e tempo de loadings é mínima. Existem algumas imperfeições que vão sofrer ajustes, como menus onde um botão tem duas funções e elas se sobrepõem; alguns bugs visuais com personagens que tremem, ou tem os braços fora do lugar durante uma animação. Nada que realmente crie problemas, e podem até ser considerados engraçados.

Desempenho

Nos aspectos técnicos, novamente o jogo se destaca. Logo de início, apesar de algumas dificuldades com fila de login e quedas de conexão no dia do lançamento, The Division 2 não teve a abertura dos servidores como um ponto negativo. Essas questões foram normalizadas em horas, e resolvidas de forma permanente em um patch logo no dia seguinte.

O jogo não tem tratamento diferente em todas as plataformas, apesar de ter sim um desempenho diferente. Nossa cópia, gentilmente cedida pela Ubisoft através de assessoria, foi testada no Xbox One “Fat”. Apesar de visualmente o jogo ter uma qualidade de gráficos menor do que podemos encontrar no Xbox One X e PlayStation 4 Pro, os frames são constantes (aparentes 30FPS), e o jogo não engasga quando existem muitos detalhes na tela.

Aliás, esse é mais um ponto positivo. Existem muitos detalhes na tela. A poluição visual é real, e a sensação de abandono total é de um realismo sensacional. Diversas vezes foi fácil traçar paralelos com séries e filmes, mas também com a realidade crua das guerras que vemos na TV. Voltando à questão dos gráficos, o jogo tem bom desempenho nas plataformas mais simples, e se destaca quando a sua máquina dispões de potência. Em PCs de alto nível e no Xbox One X, o jogo é deslumbrante. No PlayStation 4 Pro, também temos bom desempenho.

A Jogabilidade

A campanha do jogo é dinâmica e com várias missões principais e secundárias muito bem distribuídas pelo mapa e não repetitivas. Algumas atividades são iguais em várias áreas, mas não ao ponto de se tornarem maçantes. Além das missões existem as atividades locais, que aparecem aleatoriamente no mapa, as vezes no caminho de uma missão principal você passa por diversas atividades no mapa.

O jogo tem dois modos principais além da história, o PvP e as Zonas Cegas, que complementam a jogabilidade para os jogadores que querem outros desafios, além da história do jogo.

A Campanha

Você é um agente da Division que saí de New York para Washington para ajudar a libertar das forças inimigas o centro do poder dos Estados Unidos. Bairros tomados por facções de rebeldes e de bandidos, que se aproveitaram da pandemia que assolou a capital, para tentar tomar o controle da cidade e do país.

Em combate para restaurar o controle da cidade, você passará por diversos locais que são estratégicos e turísticos para a nação norte americana. O nível de detalhes do jogo impressiona, cria uma vontade de ficar andando pela cidade, mesmo que só para observar as montanhas de lixo criadas após a “queda” do governo.

Depois da última missão do mapa, você está pronto para invadir as fortalezas inimigas e derrubar totalmente o controle das três facções criminosas, apenas para descobrir que, na verdade, facilitou a vida a vida de uma quarta facção, mais poderosa e organizada que quer tomar o poder na cidade.

Conclusão

The Division 2 já veio completo e com “DLC” no seu lançamento, o jogo acabe e começa de novo por três vezes, se você é um caçador de conquista, vai ter de jogar muitas horas, porém não terá momentos de desgosto e terá horas e horas de diversão com seus amigos de esquadrão.

O jogo não acabou para Nós, ainda existem novos desafios e por isso teremos de voltar a escrever sobre ele. Claro, que será depois de resolver nossos problemas com a Pata Negra e todos os novos desafios do jogo.

A Ubisoft, chamada maldosamente por alguns de “Bugsoft”, faz por merecer ser chamada de Midassoft, pois hoje seus jogos estão virando obras de arte, que valem ouro na indústria de games. Parabéns por um jogo tão bem feito e tão completo.

Esse post teve a participação do Eduardo “Sgt Rock 1967” Rocha

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