The Tower of Beatrice: Você Consegue Sair?
Fala, nerds! Hoje iremos analisar uma boa pedida pra quem curte um indie recheado de puzzles, The Tower of Beatrice não é aqueles indies inovadores, mas faz bem feito sua proposta que é ser desafiador.
Contexto
Você é um ladrão contratado para roubar o livro da bruxa Beatrice que não é vista a tempos, para tal você precisa invadir sua torre “vazia” e sair com vida do seu feito. Roubar o livro é fácil, assim que você adentra a torre já pode encontra-lo, mas é claro que não seria tão fácil, você então se encontra preso na torre e precisa fazer seu caminho através de salas, estágios ou andares, chame como preferir, se quiser concluir seu roubo com sucesso, e aqui fica claro um ponto que antes de comemorar qualquer coisa nesse jogo você precisa de muito mais esforço.
Logo após adquirir o livro, você descobre que Beatrice se encontra presa nesse livro e é claro que ela percebe o que você veio fazer e não fica feliz com alguém tentando roubá-la (em ambos sentidos), e o que parecia uma torre abandonada de uma bruxa está cheia de vida e mistérios com Beatrice te acompanhando pelo caminho fora daquele lugar ora te ajudando e guiando, ora te atrapalhando mas sempre com sua ironia e deboches desejando seu pior.
Puzzles, Puzzles, Puzzles Everywhere
Antes de prosseguirmos é importante já dizer que até o momento dessa publicação o jogo se encontra apenas em inglês, russo ou alemão, e aqui pode ser um problema visto que é necessário bastante leitura para entender o que está acontecendo e entender o livro da Beatrice aonde se encontra receitas de poções imprescindíveis em cada estágio, além das dicas pelo cenário. Não há qualquer fala no jogo, tudo é através de textos, logo a leitura é constante o que faz com que um certo nível em algum desses idiomas seja necessário e mesmo para aqueles que atendem o requisito é recomendável um tradutor por perto para termos específicos.
Esclarecido isso, podemos prosseguir com o jogo em si. The Tower of Beatrice possui 5 estágios e um sexto a parte que representa o final. Cada estágio tem seu enredo através de falas da Beatrice e possíveis outros personagens, elementos que compõe o cenário, poção a ser preparada e usada, puzzles e a lógica que você irá seguir para resolver esses puzzles e sair daquele estágio. Uma dica que dou é prestar atenção em qual é esse enredo e basear seu raciocínio na resolução dos desafios nesse enredo ou especificidade de cada cenário.
Por ter essa característica aonde cada estágio segue uma lógica ou padrão, os puzzles não necessariamente vão ficando difíceis com o tempo, e sim os cenários que vão exigindo raciocino mais complexo para seu entendimento, logo o requerimento principal é para que você entenda o contexto geral. Cada estágio terá o momento que você irá “travar” e não conseguir prosseguir, mas pare, interaja ao máximo com o cenário, teste todas as possibilidades, use o botão de dicas e aprenda a ler aquele cenário. Um exemplo são o estágio da torre do relógio com várias engrenagens, a sala dos espelhos ou a masmorra, note que cada nome por si diz muito sobre quais puzzles você pode encontrar.
A mecânica point-and-click é algo bem feito casado com a interação com o cenário. Na versão de console a qual joguei, foi de grande ajuda o cursor ir sempre para partes do cenário que permitem interação e assim auxiliando aonde ir ao certo. E mesmo sendo essencialmente estático, mudando apenas com zoom em um ponto clicado, o cenário parece vivo à medida que você interage com ele, resolve os puzzles e avança na sua saída daquele andar.
Como comecei esse texto, o jogo não apresenta muito do que se pode colocar como inovador, mas com sua proposta de ser um jogo com apenas puzzles, ele apresenta tal proposta de maneira honrosa com ótimos puzzles e bem pensados para cada cenário e com o uso do elemento magia e mistério que permeia do início ao fim. Por magia entenda uma torre viva com objetos inanimados com vida, demônios, espelhos mágicos, poções poderosas e mais que o olhar do jogador notar.
Afinal, Vale a Pena?
Por ser um jogo sumariamente de interação com o cenário, os bugs concentram aí e na minha experiência pude contabilizar coisas como erro em o ícone de interação não ir a determinado lugar, certa dica não aparecer, objetos importantes para prosseguir faltando no cenário, resoluções aonde não acontece nada mesmo tendo resolvido o puzzle. Isso atrapalha tanto a experiência porque é um jogo que requer você resolver algo, logo você pensa que não está resolvendo direito ou pensando errado quando na verdade pode já ter resolvido ou está sendo prejudicado por algo faltando no cenário.
Um ponto já mencionado é a ausência de localização no nosso idioma. Apesar de cada vez mais estarmos familiarizados com o inglês, língua a qual joguei, o jogo poderia sim ter seus textos em português dado sua simplicidade e até por respeito ao público gamer brasileiro que se interessa por indies. Você ainda pode entender o que está acontecendo com palavras chaves e interagindo sempre com o cenário.
É um jogo sobretudo para amantes de um desafio e um jogo para quem quer sair da sua zona de conforto e é divertido à medida que você o joga e sempre traz aquela sensação de sucesso e gratificação quando você passa para uma nova fase. O jogo pode ser concluído em um dia se você dominar sua essência ou se você recorrer a resoluções na internet em certos momentos, mas recomendo ir pelo seu mérito e só em último caso deixar essa opção até porque você pode estar sofrendo com algum bug. É também para aqueles que buscam conquistas fáceis, aqui basta jogar que as conquistas surgem e é mais 1000 para seu perfil garantido e por um preço condizente com a experiência.
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