26 de julho de 2024
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Destiny 2: A Queda da Luz – O Futuro Chegou!

Destiny 2 chega ao seu sexto ano firme e forte, com mais uma expansão de qualidade acima da média, e com direito a poderes novos para os jogadores.

Destiny é uma franquia já conhecida entre a comunidade gamer, mas ao mesmo tempo a condição atual, a jogabilidade e a história do jogo ainda são questionadas e até totalmente desconhecida por alguns. Com a chegada da expansão “A Queda Da Luz”, nome escolhido pela comunidade brasileira, novamente o assunto volta à tona: você sabe o que é ou já jogou Destiny 2?

Independente da resposta, vamos aos fatos mais conhecidos sobre o jogo. É um MMO, com jogabilidade de um jogo de tiro (FPS), feito pela Bungie, o mesmo estúdio que criou Halo para Xbox. Destiny e Destiny 2 foram lançados pela Activision, e o plano original era de que a franquia durasse 10 anos. Durante esse período, a Bungie se separou da Activision, se tornando um estúdio independente e assumindo totalmente a franquia. Mais recentemente, o estúdio foi adquirido pela Sony, e um grande investimento foi feito. A parte mais curiosa do acordo, é que a Bungie continua sendo gerida por ela mesma, e Destiny 2 continua sendo multiplataforma.

É bastante coisa, mas perceba que não comentei nada sobre o jogo em si. O grande sucesso de Destiny 2 é algo reconhecido, o jogo já recebeu diversos prêmios relacionados a sua comunidade, que também é reconhecida como uma das melhores do universo gamer. Destiny 2 também tem uma base grátis para jogar, ou seja, para começar você não precisa pagar nada. Mesmo assim, apesar de uma quantidade enorme de jogadores, Destiny 2 é mais “comentado” do que “jogado”.Destiny 2. Imagem ilustrativa

A Queda e a Luz

Considerando o plano da Activision, a franquia inicia o décimo ano com a expansão “A Queda da Luz”. Oficialmente, a Bungie considera este o sexto ano do jogo Destiny 2. Os quatro anos dedicados a Destiny não foram apagados, apesar de nada além da aparência do seu Guardião ter sido transferido entre os jogos na época. O intuito é claramente focar no futuro e não no passado.

Destiny 2 passou por uma queda expressiva no seu número de jogadores quando as expansões seguintes ao lançamento do jogo foram consideradas fracas. A resposta veio na expansão Renegados, mas a um custo muito grande para a narrativa. A morte de Cayde-6, personagem querido pelos jogadores. Renegados tinha uma evolução de jogabilidade ótima, o que reviveu o jogo. Mas essa não foi a última vez em que Destiny 2 tropeçou.

A sequência de Renegados, que trouxe o formato de temporadas e o passe de batalha ao jogo principal, “Fortaleza das Sombras”, foi decepcionante. Apesar da chegada da anunciada “Treva” na forma de naves Pirâmide, a história foi insuficiente para o gosto dos jogadores. Em “Além da Luz”, um sopro de frescor com a nova subclasse Estase, que congela os inimigos, e uma narrativa mais profunda deixou os jogadores animados.Destiny 2. Imagem ilustrativa

Esse caminho positivo criado por novos conteúdos, novos poderes e a melhora da narrativa atingiu seu ponto mais alto na expansão “A Bruxa Rainha”. Nela, Savathûn, a bruxa rainha, consegue se apoderar dos poderes da Luz e os repassa aos seres da Colmeia comandados por ela. Mas o que brilhou mesmo foi a narrativa poderosa e a vilã cativante, que gerou uma grande reviravolta na extensa narrativa de Destiny 2, que se baseava na Luz e Treva como simples representantes do bem e do mal.

“Eu Só Volto a Jogar em Destiny 3!”

Chegando ao seu ponto mais alto, Destiny 2 criou muitas expectativas a cerca da expansão “A Queda da Luz”. O teatro narrativo estava pronto, apontando para um conflito difícil contra a personificação da Treva, na figura da personagem “A Testemunha”. A jogabilidade totalmente repaginada, e os novos poderes da subclasse do Filamento, que suspende os inimigos em cordas, criaram a expectativa perfeita.

Para os que não acompanham Destiny 2, ou seja, para a maioria das pessoas, a nova expansão é um convite a conhecer o jogo ou a voltar a jogar. O “início do fim” promovido pela Bungie levou aos jogadores a acreditar que o jogo marcha para a sua conclusão. E para infelicidade de muitos, não é isso que a “A Queda da Luz” se propõe a fazer.Destiny 2. Imagem ilustrativa

A importância de todo esse histórico é que a expansão “A Queda da Luz” poderia ser chamada de Destiny 3 sem problemas. O jogo chegou a um ponto de reformulação quase total da jogabilidade, que antes se concentrava na necessidade de manter seus itens com o maior nível de poder possível e ter companheiros para as atividades de mais alta dificuldade, para um MMORPG onde a mistura de classes e subclasses, a construção de combos e o melhor aproveitamento das habilidades supera a necessidade de outros jogadores. Fica tudo muito mais divertido em grupo, porém fica mais fácil.

Sim, é isso mesmo. Ao longo dos anos, o conteúdo “difícil” em Destiny 2 saiu de encontrar amigos dedicados e a corrida por poder, para a construção de bons personagens que permitam concluir todo o conteúdo solo. Em “A Queda da Luz”, o jogo avança mais nesse quesito, trazendo novidades como os Ranques de Guardião, que são níveis de reputação baseados nos feitos realizados por você.

Outra novidade é a tela de Equipamentos. Um espaço para que você salve a configuração de itens e habilidades do seu Guardião, facilitando a construção de personagem, e a troca rápida durante as atividades. Isso era uma função o qual os jogadores de Destiny 2 já tinham o costume de usar através de aplicativos de terceiros conectados ao jogo, agora foi incorporada ao jogo oficialmente.Destiny 2. Imagem ilustrativa

Em termos de jogabilidade, ritmo e complexidade, Destiny 2: A Queda da Luz está num ponto “quase perfeito”. O nível de diversão, a sensação de recompensa ao completar desafios e tarefas, e a quantidade de conteúdo variados são os pontos altos desta expansão. Você pode sim focar em atividades mais difíceis, como pode aproveitar o jogo com seus amigos mais casualmente.

A Forma Final o Aguarda

Por mais que “A Queda da Luz” seja sim uma boa expansão em jogabilidade, assim como foi “A Bruxa Rainha”, o jogo volta a tropeçar no seu problema mais antigo: a narrativa. Não é fácil entender toda a história do jogo, e somente jogar as campanhas das expansões não é suficiente para ficar sabendo de tudo que está acontecendo ou aconteceu.

Infelizmente, a Bungie não resolveu dois problemas de Destiny 2 que afastam seus jogadores: a falta de um resumo da narrativa, e a necessidade de tornar o conteúdo mais antigo em algo interessante aos jogadores. A falta de um simples resumo em vídeo e texto das expansões e das temporadas, que carregam sim pontos importantes para a narrativa, simplesmente desanima qualquer pessoa que tenha o mínimo de interesse em saber o motivo pelo qual estão atirando nos seus inimigos. Hoje existe apenas uma linha do tempo com uma breve descrição dos acontecimentos.Destiny 2. Imagem ilustrativa

Realizar assaltos, participar do Crisol (o PvP do jogo) e jogar Artimanha são ainda cansativos. Não mais pela repetição enorme, já que existe muito conteúdo variado no jogo, mas sim porque suas mecânicas estão datadas ou as narrativas estão presas ao passado do jogo. Essa parte está entre as promessas que a Bungie fez a comunidade, e pretende resolvê-las nas próximas temporadas.

Se considerarmos apenas a expansão, a história de Neomuna, cidade criada por humanos em Netuno e os seus protetores conhecidos como Andantes Nebulares, chega a ser apenas uma distração para o combate. A campanha se resume a um grande tutorial de como controlar a nova subclasse, que se justifica por ter elementos verticais e o uso de um gancho que se conectar a qualquer objeto no jogo, mas borra qualquer conexão com os novos personagens e os motivos desta guerra espacial.

A Queda da Luz ao invés de um início do fim, é apenas um “prefácio” para as próximas temporadas e a expansão “The Final Shape”. Uma pena, pois a maioria dos jogadores não viu o sacrifício de Rasputin para salvar o viajante no final da última temporada, que encerrou a história da expansão “A Bruxa Rainha”. Confuso e sozinho, só resta ao jogador continuar atirando e se balançando por aí.Destiny 2. Imagem ilustrativa

Mas e Aí, Vale a Pena?

Apesar de “A Queda da Luz” decepcionar no seu enredo, Destiny 2 está num ótimo momento. É um jogo divertido, seja para quem quer jogar sozinho ou com amigos. Mesmo que você ainda não tenha amigos que joguem Destiny 2, vale a pena o esforço de participar da comunidade e quem sabe se juntar a um clã.

Destiny 2 ainda tem as melhores mecânicas de um “FPS”, seja nos consoles ou PCs. Apesar de não ser realista, o jogo traz uma satisfação enorme a cada inimigo vencido. Chega a ser terapêutico conseguir derrotar hordas de inimigos variados, seja nas novas atividades como a incursão “Raiz dos Pesadelos” ou na campanha e nas atividades secundárias em Neomuna.Destiny 2. Imagem ilustrativa

Para quem tem o desejo de voltar ou quer se aventurar pela primeira vez, “A Queda Da Luz” é uma boa chance e a melhor forma de começar. Apenas nessa expansão, facilmente o jogo deve servir de 60 a 100h de conteúdo. Por ser um MMO, as expansões são vendidas separadamente, e comprar todas de uma vez é caro e chega a ser assustador na realidade que vivemos. Portanto considere realizar as atividades do jogo base, que é grátis, e aí sim investir apenas na expansão. Se após jogar e se divertir você ciar perdido com a história, sugiro procurar vídeos na internet sobre o assunto.

Já para resolver a questão do conteúdo, existe um pacote Deluxe que te dá direito a todas as futuras temporadas e o passe de batalha, mas a compra apenas da expansão já te garante o passe e a temporada atual, o que é uma boa barganha. Foque primeiro em Destiny 2: “A Queda da Luz”, e adquira a expansão “A Bruxa Rainha” quando puder. O jogo está disponível na Steam, Epic Store, Xbox e PlayStation em ambas as gerações.

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Felipe Negrão

Felipe "omegawpnx" Negrão, ou somente Omega, não se descolou de Destiny nos ultimos 3 anos, e continua pela Torre até hoje. Quando pode, ele joga um RPG ou até se arrisca no FIFA.

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