26 de julho de 2024
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Han Solo: Esse Adorável Cafajeste

Ele nunca acreditou na Força. Nunca esteve muito interessado em salvar qualquer coisa que não fosse a própria pele. Atira primeiro e pergunta depois (aceite, George Lucas). Aceitou transportar um velho louco, um caipira e dois robôs pelo espaço apenas pela recompensa. Ainda assim, sua nobreza se manifesta nas horas mais necessárias e acabou virando um herói. Como não querer saber mais sobre a história do mercenário mais amado do cinema?

Foi com este pensamento que a Lucasfilm apostou em levar para os cinemas a história, até então não contada, de Han Solo. E assim como o comportamento do personagem, foi uma produção do universo Star Wars a ter certa controvérsia vagando ao seu redor, sobretudo após a saída da dupla de diretores originais, Phil Lord e Christopher Miller, cuja montagem em determinado momento desagradou severamente os produtores.

Como Lord e Miller aparentemente se dão melhor montando Lego (pesquem a piada no ar), a solução foi a entrada do veterano Ron Howard, velho amigo de Lucas e pretendente há anos para comandar filmes da franquia. A mudança fez efeito e o resultado foi uma aventura cujo primeiro grande mérito é prosseguir em um caminho que Rogue One (2016) pavimentou: a saída da burocrática linha Rebeldes X Império e a Força em volta de tudo.

Sim, o Império está lá, representado porque faz parte do contexto. Mas um detalhe descartável perto de um contexto novo, aonde vamos conhecer a história do jovem corelliano Han, sua luta para ascender como o melhor piloto da galáxia. Em seu caminho, gângsteres, trapaceiros e contas do passado a acertar. Um jovem dividido entre a ambição e o senso de justiça, que o leva a fazer grandes amigos, incluindo seu futuro co-piloto e parceiro por toda uma vida, Chewbacca (Jonas Suotamo, subistituindo de vez o querido Peter Mayhew, já aposentado ).

O elenco é eficiente, apesar dos pesares. Alden Ehrenreich, o protagonista, tinha a tarefa mais ingrata de todos, que era assumir um papel cujo rosto pertenceu ao carismático Harrison Ford por quarenta anos. O novato tem suas limitações, isso é comprovado em diversas cenas em que ele recorre apenas ao sorriso cínico para emular o personagem. Mas também oferece reações que remetem de forma respeitosa à seu antecessor. De fato, Ford e Ehrenreich tiveram um bate-bola durante a preparação.

O elenco em geral, está igualmente eficiente, e destaco principalmente Donald Glover, honrando Billy Dee Williams e trazendo seu próprio estilo de ser refinado e ousado para Lando Calrissian, e também Woody Harrelson, igualmente carismático e bem à vontade como o contrabandista Beckett, que ensinará valiosas lições ao jovem Solo.

O filme tem seus problemas e o principal deles é o ritmo. Tensão constante pode ser uma experiência interessante, claro, mas as sequências de ação acabaram ficando muito longas e dando um sentimento subliminar de padrão. O que acaba deixa a história um tanto cansativa, mesmo em momentos cruciais da trama. Sem falar na complicação de mexer no cânone de um personagem sem afetar os eventos de suas aventuras futuras.

Em compensação, o filme traz uma série de referências históricas e visuais. O clímax do filme traz justiça ao personagem e ainda temos grandes surpresas guardadas. No fim, o saldo é positivo. A sensação pura de ler uma história em quadrinhos do universo expandido de Star Wars se fez presente e, pessoalmente, eu vejo isso com bons olhos.

A meu ver, um caminho para a saga no cinema é contar estas histórias paralelas, trazendo à luz para toda a expansão deste rico universo criado por George Lucas. Aproveito este espaço e deixo aqui minha sincera torcida para que a Lucasfilm, enfim, confirme que a nova aventura fora do eixo de Star Wars seja um reencontro com o grande Obi-Wan Kenobi de Ewan McGregor.

Leia também: Han Solo – Esse Cafajeste Adorável

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Sérgio "Mentorbreak" Fiore é revisor do Nós Nerds, porém não deixou sua paixão por blog e não conseguiu ficar longe das postagens.

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