Microsoft É a Criança Mimada do PlayGround
Na minha infância, usávamos uns termos pares para chamar as crianças mimadas: o “filhinho da mamãe”, “criado pela avó”, entre outros, para falar daquelas crianças que não sabiam perder, compartilhar e se divertir com outras crianças. Quase toda criança é assim, até seus 3 ou 4 anos mas, precisa aprender que o mundo não é só dela e dar esse passo para o crescimento. Em alguns casos, essas crianças ficam muito chateadas com momentos de perdas e até rancorosas, em casos extremos vingativas. Porém, algumas delas pegam esses momentos e transformam em motores para crescimento, criação e evolução. Caramba, Sargento, onde a Microsoft entra nessa história? Vocês devem estar se perguntando. Vou explicar.
A Microsoft é a empresa que sempre desceu para o play para vencer, desde seu lançamento ela procurou superar os concorrentes e dominar o mercado onde ela estava. Desde o tempo do MS-DOS, do Windows 3, sistemas Office, entre outros casos. Quando ela entrou no mundo dos games com a divisão Xbox, o “playground” já estava cheio de “crianças maiores”. Ela sofreu bullying, foi menosprezada em algumas partes do play e muitos achavam que ela iria parar de brincar.
O Sr. Bill Gates defendeu sua prole, certa vez, com essa frase: “Há uma estratégia global para jogos, mas ela não é tão óbvia quanto parece”. Isso haviam sete anos atrás. Oras, se existia um plano para ser a criança dominante do play, é claro que isso já existia desde o primeiro momento, lá na criação do Xbox “Original”. A Microsoft já estava se envolvendo com games nos PCs, com a criação do DirectX, e quem olha de perto o mercado de games (nosso playground) sabe que ele é grande e ainda tem muito (e tinha mais ainda naquela época) espaço para crescimento. Talvez a percepção de como dominar o Playground (mercado), tenha mudado no decorrer das brincadeiras e isso eu posso afirmar com alguns fatos.
No lançamento dos dois primeiros Xbox, o modelo era bem próximo dos concorrentes, equipamentos e inovações de hardware, no Xbox 360 nasceu o kinect e a possibilidade de jogar sem um controle, mas as outras crianças no play sabiam como brincar com inovação de hardware, sempre foram construtoras de equipamentos, o forte da Microsoft sempre foi o sistema, o software. *Pausa para a piada de informática. Se você não sabe a diferença entre hardware e software, é simples de explicar: o hardware você chuta, o software você xinga.
Mas, a grande mudança de comportamento aconteceu com a chegada do Xbox One. É certo que o lançamento do console não foi o melhor possível e que graças a interferência das outras crianças do play e, pela falta de percepção de algumas crianças naquela época, o Xbox Family, que seria uma revolução na maneira de lidar com os games, seria a grande virada no domínio do playground. Mas, como todos já sabem, todo o playground se focou em dois detalhes: ficar conectado e registro do game, e não percebeu no quanto estava perdendo.
Uma rápida explicação do que poderia ter acontecido, caso você não tenha percebido isso em 2013: Para o funcionamento do Xbox Family, era necessário travar a licença do game a um console mas, por que diabos isso era necessário? Simples, esse mesmo console podia registrar no Family, mais nove contas, em qualquer momento, para jogar aquele mesmo jogo, sem ter comprado o mesmo. E depois, você poderia retirar as outras noves contas do Family e colocar outras novas. Ora, se não se registrasse o game, o mesmo disco poderia passar em 10 casas e dar direito a jogar para 100 pessoas, o que não seria nada inteligente. Mas as outras crianças não queriam diminuir o número de vendas de jogos e ampliar o número de jogadores. Por isso, atacaram o ponto “fraco”: estar conectado para jogar. E todo mundo gritou pelo seu direito de jogar off-line. Coisa que muito jogadores já não faziam há um ou dois anos, eu pelo menos já estava viciado em bater-papo na live. O resto é história.
A Microsoft não subiu para seu apartamento, ficou no play e decidiu que, agora, mais do que nunca, iria investir no que era melhor (sistemas e serviços). Fortificou os serviços on-line, ampliou a oferta de jogos nas lojas virtuais e criou sua primeira grande arma para tomar o play, o Xbox Game Pass. Novamente, os outros brincantes do play começaram a zombar da Microsoft (“isso só tem jogo velho”, “só jogo indie”, “quem vai pagar o custo da indústria?”). Mas objetivo colocado é meta, ou como fala o Capitão: “Missão dada é missão cumprida!”. E o playground começou a perceber que estar no Game Pass é certeza de venda pois, mesmo que o valor recebido seja menor, a quantidade de downloads de seus jogos será maior, pois já estão pagos pelo assinante na mensalidade do Game Pass. Com isso, a Microsoft começou a aumentar o seu espaço.
Faltavam dois golpes para tomar o playground: ter o melhor hardware e dar o troco em um serviço das outras crianças do play. o Primeiro foi realiado em 2017 com o lançamento do Xbox One X. O monstro nasceu para derrubar os consoles da concorrência e foi sacramentado com o lançamento do Series X|S a dupla finalizadoras das outras crianças do play. O último golpe, foi pegar um serviço que uma das criança fazia sem muita consistência e transformar em um passo para o futuro dos games no mundo, dar acesso a qualquer pessoa com uma conexão de internet ao mundo maravilhoso dos games da Microsoft, trazer os jogadores de celular, tablet e PCs para os jogos de console, sem precisar comprar um hardware e só investindo em um serviço/sofware, o Xbox Cloud. Esta semana foi um marco nessa história, pois a Microsoft entrou no playground dos outros amiguinhos e e falou,: “Venham brincar comigo, sem precisar comprar um console!”. Não foi bem assim que o Phil Spencer falou, mas foi isso que ele disse no Playground da Tokyo Game Show, na última quinta-feira. O resto, será história!
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