The Crew 2 – Na Terra, No Ar e No Mar
Nos últimos anos, a franquia Forza reina como o principal game de corrida, seja em circuitos fechados – com Motorsport – ou em corridas arcades – com Horizon. Algumas empresas tentaram abocanhar uma fatia desse bolo, mas poucos conseguiram fazer o que game exclusivo da Microsoft fez. A Ubisoft também procurou participar dessa disputa, mas seu primeiro game não fez o sucesso esperado. Mesmo assim, eles insistiram e lançaram The Crew 2, e ainda bem que eles fizeram isso.
Um Mundo Formado por 50 Estados
The Crew 2 tem um mapa gigante, formado por nada menos do que pelos Estados Unidos inteiro. Algumas das principais cidades norte americanas estão presentes, como Las Vegas, Califórnia, Miami, Nova Iorque e muitas outras. Todas possuem seus pontos turísticos característicos feitos de maneira exemplar.
Mas essas coisas só podem ser vistas rodando livremente pelo mapa, já que durante as corridas é tudo tão intenso que fica difícil apreciar alguma coisa. O game avisa quando tem algum ponto de interesse, ativando missões que proporcionam seguidores e dinheiro.
Seguidores foi a maneira que a Ubisoft encontrou para evitar falar em pontos de experiência. Realizou alguma proeza épica em sequência? Ganhe seguidores. Completou uma corrida? Mais seguidores. Hoje, vivemos em uma era onde as pessoas fazem tudo para ter uma grande audiência a acompanhando, então nada mais justo do que “homenagear” a ela. O dinheiro é usado para comprar veículos que liberam as disciplinas do game.
As disciplinas são as modalidades presentes no game. Elas podem ser no ar, com aviões acrobáticos e de velocidade, terra, com carro, motos, monster trucks, e mar, com lanchas e Jet Sprint (lanchas menores que vão mais rápido e são mais difíceis de controlar). Há um total de quatro estilos de corrida, a Street Racing, Pro Racing, Freestyle e Off-Road. Cada uma delas com um “Rei”. Para desafiar o respectivo dono do trono é necessário completar pelo menos 70% das atividades em cada um dos estilos. Para aí, finalmente, encarar a grande final do Motornation.
Os Reis do Motornation
Como dito acima, existem quatro estilos de corrida e cada um tem a sua própria particularidade. O que eu mais me senti confortável jogando foram as Off-Road. Aqui só há corridas de carros e motos no meio do mato, ou em circuitos cheios de lama e água, bastante divertido de jogar. O Pró-Racing engloba corridas em circuitos profissionais, ou na água, com as lanchas, além dos famigerados desafios de aviões. O Freestyle traz acrobacias com aviões, desafios ou corridas com Monster Trucks e os pequeninos Jet Sprints. E por fim o Street Racing, com corridas nas ruas, Drag Race (desafios de arrancada), Drifts e corridas de longa distância.
De todas, as que eu mais gostei de jogar foram as Off-Road, faz alguns anos que já jogo Forza Horizon toda semana, então tive uma maior identificação com esse estilo, tanto que esse foi o primeiro modo que terminei no game. Praticamente sem fazer modificações no carro.
Para alterar o carro, basta terminar uma corrida entre os três primeiros colocados que você será presenteado com uma peça para o respectivo veículo que está usando. Quanto melhor a sua posição no grid final ou maior o nível, melhor a sua recompensa. Essas modificações são imprescindíveis para finalizar o game.
Cada corrida tem seu veículo obrigatório e pontos de recomendação por evento. No começo do game ele é similar ou menor ao valor que seu carro possui, mas conforme os eventos são liberados, maior é o nível pedido, o que acarreta mudanças constantes nas peças usadas.
“Xi, Bateu…”
O começo do game é bastante sem açúcar. Podemos escolher um personagem da forma e montar a sua aparência, ele(ou ela) será um piloto novato que será acolhido por um mecânico também desconhecido e outras pessoas dispostas a ajudá-lo no começo de sua carreira. Há uma grande quantidade de diálogos onde o personagem não participa, então somos meros espectadores dos acontecimentos, isso segue até o final do game.
Se fosse contar somente pela história, o game seria sem graça, mas a partir do momento que podemos escolher o nosso destino, as coisas melhoram demais e somos premiados com um grande jogo de corrida.
Pode parecer estranho o que direi agora, mas graficamente falando o jogo não tem as melhores texturas disponíveis no mercado, Forza Horizon 2 (que já tem pelo menos 5 anos de lançamento) deixa The Crew 2 no chinelo, mas visualmente o game é magnífico.
Se analisado com o veículo parado, o ambiente em volta possui elementos que como um todo ficam muito bonitos, mas se analisados separadamente, fica claro que faltou um pouco de polidez ao game. Pode ser que essa escolha tenha sido feita devido ao tamanho do mapa, que como dito acima é a representação virtual dos Estados Unidos.
Há corridas no meio do mato, em pântanos, na neve, em desfiladeiros, na cidade, enfim, todos os cenários possíveis. Todos muito bem feitos, há um cuidado especial com pedestres espalhados na cidade, eles pulam quando os veículos passam perto deles.
Além disso, uma particularidade que me irritou demais foi o fato dos veículos quicarem ao bater em quase qualquer coisa. Com aviões, eu acertava uma árvore e ao invés de reiniciar, ele voltava para trás e perdia a velocidade, mesma coisa com carros, barcos o que fosse.
Corra, mas Preste Atenção
Todos os veículos do jogo possuem uma linha que mostram a dificuldade de condução. O nível varia do Fácil para o Expert, e de vez em quando você se verá obrigado a comprar um novo carro para te facilitar a vida, já que quanto mais próximo do Expert é como o próprio nome diz.
Uma coisa que eu senti muitas dificuldades foram os desafios com aviões. Seja com as acrobacias ou a condução entre arcos. Quando eu acreditava que estava me saindo bem, eu errava meio segundo e perdia tudo o que já havia feito. Alguns desafios dessa modalidade eu só o fiz pois era obrigado para desafiar o Rei, por que do contrário eu teria passado bem longe.
Desafios com motos são divertidos, principalmente o motocross, pois é no meio da lama e com rampas. As lanchas são simples de controlar, então basta aprender a fazer curvas que você ganhará sem problemas nenhum, mas os Jet Sprint são terríveis! Essas coisinhas viram muito fácil e qualquer movimento leve faz o barco tombar, um pesadelo.
Mas a grande jóia do game é controlar os carros. No começo é um pouco complicado, pois não há linhas guias de curvas, mas é de fácil aprendizado, e depois disso o game pode ser apreciado em sua totalidade.
Algumas corridas podem durar mais de dez ou vinte minutos. Uma escolha ousada por parte dos desenvolvedores. A mais longa corrida que fiz durou quarenta e três minutos, nada menos do que a travessia de Nova Iorque à Califórnia, tive que fazê-la duas vezes para conseguir ganhar o evento.
O Campeão da Motornation
The Crew 2 é uma mostra que a Ubisoft consegue fazer jogos nos mais diversos estilos e, principalmente, com mapas densos e jogabilidade equilibrada. Recomendo demais esse game para aqueles que procuram se divertir numa tarde de domingo, ou algo assim. Se você presa pelo compromisso com a realidade passe longe desse título.
O game possui vários problemas já citados anteriormente, mas diverte na medida certa e por uma quantidade razoável de horas, pois levei 30 horas para terminar o evento de Campeão. Além disso, esse título mostrou que eles podem trabalhar com outros veículos além de carros e motos, então estou esperançoso pelos próximos títulos da empresa.
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